Atropelos de uma Pré-Campanha a Deputado

É vista como certa a candidatura da ex-Primeira-Dama Michelli Veneziani a Deputada Estadual nas Eleições Gerais de 2022. A questão não é tão simples assim, ainda mais quando se vive uma série de atropelos e adota estratégias que inviabilizam qualquer pretensão. Neste caso o Marketing Político e Eleitoral deve ser feito com extrema atenção e cuidado.

Geralmente isto ocorre quando se age por conta própria ou orientada por pessoas sem o devido expertise no assunto.

Em toda história política do Litoral Norte apenas quatro pessoas ocuparam a vaga de Deputado Estadual representando a região; Paulo Julião, Antonio Carlos da Silva, Mozart Russomano e Antonio Carlos da Silva Júnior. O primeiro foi o único a ser reeleito, o segundo se manteve até que houvessem novas Eleições Municipais, o terceiro não soube conduzir o seu mandato para uma reeleição e o último até que tentou, mas foi traído pelo Governo Estadual, que não deu continuidade as solicitações feitas.

Michelli Veneziani, ex-esposa do Prefeito Felipe Augusto de São Sebastião, filha do ex-Prefeito e Deputado Estadual Antonio Carlos da Silva e irmã do ex-Deputado Estadual Antonio Carlos Júnior e do candidato a Prefeito nas Eleições Municipais de 2020, Mateus Veneziani, tentará ser o quinto nome a ocupar uma vaga na Assembléia Legislativa pela região no próximo ano. Infelizmente o nome e um currículo político e familiar como este não a credenciam ou garantem a sua eleição no próximo ano.

Em texto anterior abordamos que a pessoa comum que ocupa cargo público não confundir as duas vidas, muito menos ser interpretada por suas ações em qualquer destas vidas, regra essa que Michelli não seguiu, pois quando a sequência de problemas se agravaram, erros em cima de erros e estratégias usadas de forma errada poderão comprometer e findar a sua credibilidade política visando o próximo pleito.

Como afirmamos, o estremecimento da relação familiar causou problemas à Michelli, que erroneamente misturou o seu CPF com o seu CNPJ, ou seja, a pessoa particular da pessoa pública, fato este comprovado quando em ano eleitoral trocou o seu Domicílio Eleitoral para Caraguatatuba, abandonando, na época, o marido e Prefeito de São Sebastião, o que poderia comprometer a sua reeleição. O único fato positivo que pode beneficiar sua candidatura é o projeto Casa Poderosa, voltado ao trato e apoio das mulheres em condições de vulnerabilidade.

Ao mesmo tempo, o uso indiscriminado de sua separação do Prefeito Felipe Augusto soa forçado e com sérias intenções políticas nas Redes Sociais, pois a partir daí cenas foram postadas na Internet que aparentam ser piegas, como rezar na Igreja Matriz e falar exageradamente em Deus e religião. Antes disso a ex-Primeira-Dama mistura novamente a Mulher comum da Mulher Pública, aparecendo nas Redes Sociais com roupas justas, decotadas e atraentes, o que causa uma imensa confusão na cabeça do eleitor, principalmente o eleitorado masculino, que enxerga mais as qualidades femininas do que as ideias e propostas, aliás, que até agora não foram apresentadas. Refiro-me ao eleitorado masculino pois é notório que Mulher não vota em Mulher.

Como se já não bastasse, comete erros estratégicos que podem reduzir ainda mais a sua estrutura de campanha e obtenção de apoio. Recentemente apresentou o seu Projeto, “Casa Poderosa” ao ex-Governador Geraldo Alckmin. Como forma de obter opinião o ato foi salutar, mas politicamente foi desnecessário, visto que foi alardeado aos quatro cantos que “Geraldinho”, como é conhecido entre os amigos, deve sair do PSDB para concorrer às Eleições Gerais do próximo ano.

Por outro lado Michelli aparenta ter falha de memória ou não foi informada de alguns fatos, quando se encontra com o Deputado Federal Tucano, Carlos Sampaio, com o objetivo de pedir melhorias para a sua terra natal, Lorena, localizada na Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Em 2016 Carlos Sampaio tentou intervir no Diretório Municipal dos Tucanos em Caraguatatuba, com o objetivo de colocar o seu fiel escudeiro, Neto Bota, como candidato da legenda, no lugar do ex-Prefeito Antonio Carlos. É certo que a política tem suas reviravoltas, mas pedir apoio ao Deputado é passar uma borracha em algo muito sério e profundo.

A situação pode complicar ainda mais, pois ao se divorciar do marido Prefeito, perder o cargo de Primeira-Dama e sua família em Caraguá não estar no Governo Municipal, Michelli fica sem qualquer sustentabilidade política visando a sua candidatura em 2022, ainda mais que nos Bastidores Políticos fala-se em troca de legenda, ou seja, a situação que não está boa, tende a piorar ainda mais.

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