Caraguatatuba já comporta um Cemitério de Animais???

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Encerrando esta trilogia de textos voltados aos Animais Domésticos, o Site de Notícias CONTRA & VERSO aborda o terceiro e mais delicado assunto de todos. Cemitério de Animais. O que antes terminava num lixão, no grande quintal do vizinho ou enrolado num cobertor e entregue para o caminhão de lixo, hoje o final de um longo e amoroso relacionamento entre Animal Doméstico e seu dono termina com cerimônia, enterro formal, caixão, cova dentro dos padrões da Cetesb – Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo e para alguns em cremação, com direito a urna com cinzas e tudo que tiver direito.

O que parece ser simples, privado e terrivelmente triste, pode esbarrar em questões ambientais, financeiras e legislativas, não sendo tão fácil quanto o bom senso sugere. A seguir leia a opinião dos maiores conhecedores do assunto na cidade.

O Veterinário Walter Tavares da Silva alega ser o percussor de um Crematório em Caraguatatuba. “Há 20 anos tentei instalar um Crematório na cidade, igual ao existente em Santos, mas não consegui devido a burocracia da lei vigente. É possível.”, disse. O Secretário Municipal de Meio Ambiente, Auracy Mansano Filho se refere a questão como sendo uma atribuição do Centro de Zoonose e da Secretaria de Saúde, tendo opinião formada na cremação. “A Secretaria Municipal de Saúde e o Centro de Zoonose é que farão relatórios constatando se o número de óbitos de animais é o bastante para um Cemitério ou Crematório, ou seja, necessário para tal. O Meio Ambiente analisa o assunto com respeito a área escolhida, local e respectivo tamanho, com aval e liberação da Cetesb. Sendo área pública ou particular existe a questão religiosa de misturar animais com humanos e o fato de reservar espaço para cães e gatos em detrimento do espaço para as pessoas. Penso que o melhor seria cremar”, explanou.

O Veterinário Jurandyr Romano cita estar em entendimentos para efetivar essa alternativa para os animais domésticos. “Estou quase montando, mas tem a legislação. Sou a favor da ideia, desde que bem administrada. Penso que o crematório é a melhor opção, pensando pelo lado do Meio Ambiente”, disse. O administrador do Cemitério Parque Bela Vista, Alexandre Stringari fala em demanda para concretizar o projeto. “Tudo depende da demanda. De 5 a 6 animais por dia é bom e menos que isso é inviável. É bom lembrar que não existem regras para o enterro de animais”, frisou. Stringari afirma que não tem um número, estimativa ou parâmetro, pois é muito difícil um dono de animal doméstico o procurar. “Os donos de cães e gatos procuram a Zoonose e não o Cemitério. O problema são os custos e a demanda”, explica.

O Veterinário Washington Coelho Novaes aprova a ideia, mas com preços honestos. “Acho uma ideia excelente, existe o serviço, mas o preço é exorbitante. Defendo o Crematório mas com restrições e preços honestos”, relata. O Chefe do Centro de Zoonoses, o Veterinário Guilherme Garrido afirma que nos últimos 6 meses chegaram até o setor 21 cachorros e 2 gatos. Garrido explica como é o trâmite no caso de óbito de animais domésticos. “Os animais domésticos quando entram em óbito são trazidos para cá e ficam depositados em uma Câmara Fria, para posteriormente serem encaminhados para Cremação pelo Serviço de Coleta de Resíduos de Saúde até a cidade de Suzano. O Centro de Zoonoses tem legislação para a criação de um Cemitério de Animais”, explica. Guilherme Garrido conta que o dono do animal deverá pagar uma taxa com base no valor de r$ 6,06 por quilo do animal, com pagamento em Bancos ou Casas Lotéricas. Caso queira evitar transtornos o Chefe da Zoonoses indica que o melhor é procurar uma Clínica Veterinária.

Há casos de proprietários desavisados e transtornados com a morte do seu Pet que criticam a determinação de pagamento em bancos ou casas lotéricas. Garrido conta que prédios públicos não podem ter a responsabilidade de receber dinheiro, se não forem caixas especializados para tal e muito menos deixar o animal no local até o pagamento, sob o risco de deixar o animal e não concretizar a quitação da taxa. O Secretário Municipal de Saúde, Juan Lambert afirma que antes de falar ou opinar sobre o assunto, prefere analisar com a sua equipe.

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