Médico rebate acusação de Negligência no caso Kaiky

Uma acusação de Negligência médica feita na FM local e nas Redes Sociais repercutiu como uma bomba em Caraguatatuba. Trata-se dos relatos de Karina Kodama Nicastro e seu marido contra o médico Neurologista Hugo de Castro Capelli em relação ao filho do casal, Kaiky, de 4 anos de idade. Dias depois o médico apresentou suas contrarrazões, rebatendo as acusações recebidas.

Segundo os relatos feitos na segunda-feira, durante o Jornal Regional, da Caraguá FM e nas Redes Sociais, Karina Kodama conta que no sábado anterior o filho Kaiky estava andando de patinete por volta das 17 horas quando levou um tombo e bateu a cabeça no chão. O resultado disso foi muito choro, nenhum galo e posteriormente continuou a brincar normalmente.

De acordo com a mãe de Kaiky o filho acordou no dia seguinte com dor de cabeça, quando foi ministrada Novalgina mas a dor aumentava gradativamente, sendo levado a UPA e lá chegando a dor continuava intensa a ponto da criança não poder se mexer. A criança foi atendida pela médica Talita Ponciano Carneiro que por conseguinte solicitou um Raio-X e receitou Ibuprofeno e uma Tomografia.

UPA_Atendimento

De acordo com Karina Kodama o problema começou a partir da solicitação da Tomografia, quando foi feito o encaminhamento do exame e a confirmação se havia um Neurologista de plantão ou sobreaviso, quando foi confirmado que o Neurocirurgião Hugo de Castro Capelli estava de sobreaviso. A mãe conta que a médica Talita Ponciano ligou para Hugo Capelli e o mesmo disse que a criança deveria ficar em observação na UPA e que estaria no dia seguinte, domingo, às 8 horas para vê-lo na Santa Casa para encaminhá-lo a Tomografia. A revolta da mãe se revela pelo fato de seu filho ficar em observação por cerca de 14 horas para ser atendido por médico especialista sobre o caso.

Karina Kodama conta que houve a intervenção do médico Glauco Dalprat para levar Kaiky até a Santa Casa e de lá, por volta da meia-noite para o Hospital Santos Dumont – Unimed, para a realização do exame. Kaiky foi acompanhado pelo médico Salim Burihan por ser obrigatório nestes casos. Uma nova ligação foi feita e novamente o Neurologista disse que só estaria na Santa Casa às 8 horas do dia seguinte. Relatos da mãe de Kaiky dão conta de que uma mulher apresentava diagnóstico de AVC – Acidente Vascular Cerebral e que mesmo assim, o médico Neurologista insistia em só estar presente no domingo às 8 horas.

Karina e seu filho reclama que saíram da Santa Casa na primeira hora da madrugada de domingo sem o especialista, o diagnóstico e a respectiva alta para Kaiky. A mãe conta que não iria ficar na observação de um hospital onde passam todos os tipos de doentes como baleados, acidentados, queimados e outros pacientes. A mãe de Kaiky pede mais consideração e justiça para com a população em casos como este.

UPA_Pacientes aguardando

Segundo pesquisa do Blog CONTRA & VERSO toda e qualquer denúncia contra um médico deve ser encaminhada ao Cremesp – Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, ao Ministério Público e em Caraguatatuba, para a Ouvidoria da Saúde, visto que a UPA e a Santa Casa são subvencionadas com dinheiro público. De acordo com informações de Karina Kodama uma reclamação foi feita ao Ministério Público na quinta-feira – 27 de julho, bem como na Ouvidoria da Saúde e Casa de Saúde Stella Maris. Ao mesmo tempo informou que irá também ao Cremesp.

De acordo com a Assessoria de Imprensa do Cremesp as denúncias contra médicos devem ser encaminhadas via link do site da entidade para a abertura de Sindicância, que será analisada por um Conselho de Médicos, composto por 42 membros de várias especialidades, eleitos pelo voto da categoria a cada cinco anos com todos os detalhes e documentos referentes ao fato. Solicitada a Casa de Saúde
Stella Maris disse que irá se pronunciar após a apuração dos fatos, que deverão estar concretizados na próxima semana.

Hugo de Castro Capelli é médico Neurologista há 23 anos e atualmente exerce a Direção Clínica da Casa de Saúde Stella Maris, além de diretor proprietário da Clínica Neurológica Pronespe, estabelecida há 14 anos na cidade. O médico esteve na Caraguá FM na última segunda-feira – 31 de julho, quando apresentou suas contrarrazões sobre o fato e posteriormente, enviou uma Nota à Imprensa para a redação do CONTRA & VERSO, composta por três páginas e 77 linhas, onde dá a sua versão aos fatos.

UPA_Portaria

Na nota o médico informa que todos os procedimentos básicos e de praxe foram tomados no caso de Kaiky, ou seja, verificação pela enfermeira do estado de saúde da criança e se estava lúcida, acordada, orientada, caminhando normalmente, aceitando a alimentação oferecida, sem crises convulsivas e sem perda de consciência, dentre outros. De acordo com o médico mantendo-se o estado estável a criança deveria continuar em observação, alertando o Neurologista no caso de uma alteração no seu quadro clínico, razão pela qual a sua presença naquele momento não era necessária.

Hugo Capelli ressalta que este procedimento, bem como o caso do menino Kaiky são comuns e diários no dia a dia médico e da sua especialidade e que as condutas médicas são modificadas quando é alterado o quadro clínico do paciente e não pela vontade do paciente ou o seu responsável. Finalizando, quanto a outra paciente que estaria com um AVC, o médico salienta que este ficou em observação, fez a Tomografia no dia seguinte e nada se constatando, retornou para sua casa.

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