Sindicato acusa Spani e Semar de Assédio

O Sindprodem – Sindicato dos Trabalhadores Promotores, Repositores e Demonstradores de Merchandising do Estado de São Paulo, com sede na capital do estado e presidido por Luiz Santos Souza denunciou os Supermercados Spani e Semar, em Caraguatatuba, de assediar seus sindicalizados. As acusações são graves e já foram remetidas ao Ministério do Trabalho.

Quem frequenta um Supermercado sabe exatamente qual é o trabalho de um Promotor, Repositor e Demonstrador de produtos. Algumas empresas mantêm tanto o Repositor quanto o Promotor de Vendas nos diversos estabelecimentos na cidade. Aquele funcionário que você vê recolocando as mercadorias nas gondolas ou que apresenta e oferece os lançamentos de uma determinada marca fazem parte dos associados do Sindprodem. Estes funcionários visitam diariamente os Supermercados existentes na cidade que vendam o produto a qual representam.

São estes funcionários membros do Sindprodem que estão sendo alvos de Assédio por parte de Supermercados como o Semar e o Spani em Caraguatatuba. O Sindprodem já formalizou a acusação e o caso chegou a uma rodada de negociação no Ministério do Trabalho. Há pelo menos 30 Promotores e Repositores trabalhando na cidade para suas respectivas empresas nos mais de 10 Supermercados existentes no município.

Segundo Luiz Santos Souza o Spani obriga os trabalhadores a usar coletes do estabelecimento por cima do uniforme da empresa que o Repositor usa diariamente e geralmente estes coletes estão em péssimas condições de higiene, pois já foram usados por outros Repositores, apresentando sinais de suor e mal cheiro. Ao mesmo tempo obriga estes Repositores a abastecer as gondolas com mercadorias que não são da empresa que representam. Finaliza o Sindicalista informando que o Repositor só pode sair do Spani após autorização por escrito da chefia do estabelecimento, o que não acontece de forma rápida, atrasando o trabalho do Repositor que precisa visitar outras unidades na cidade e caracterizando Cárcere Privado. Informa também que o Repositor que se nega a cumprir as determinações mencionadas sofre perseguição e assédio moral.

Já no Supermercado Semar as acusações são diferentes mas igualmente graves. De acordo com o Sindprodem os Repositores são obrigados a pagar pelos produtos vencidos das empresas que representam e não podem retirá-los do estabelecimento, bem como não recebem o respectivo recibo pela compra efetuada, sendo expulso o Repositor que se negar a fazê-lo. É praxe entre os Supermercados e as empresas fornecedoras a reposição dos produtos com data de validade vencida, não sendo obrigatória a compra deste produto pelo Repositor. Ao mesmo tempo no Semar é prática constante a venda do colete do estabelecimento, o que é proibido por lei.

Em Dezembro do ano passado a direção do Sindicato havia se reunido com o representante do Spani e relatou os problemas abordados na reportagem, além da proibição do uso de barba pelos Repositores mesmo quando eles não estejam manuseando produtos perecíveis e a observação quanto a itens de segurança, como cinto de segurança quando estiver usando escadas. Na data desta mediação o representante alegou que uma solução seria dada em 30 dias, o que não ocorreu até o momento.

O Blog Contra & Verso falou com o Gerente do Semar em Caraguatatuba, Eduardo Ribeiro, que negou a compra do colete pelos Repositores, bem como não os obriga a comprar produtos com validade vencida da empresa que trabalha. Ribeiro afirma que a loja de Caraguá não usa colete próprio e que estas irregularidades podem estar ocorrendo em outra loja da rede. Já o Gerente do Spani na cidade, Antonio Ferreira nega o uso do colete próprio, sendo que os próprios Repositores negaram o fato quando da visita do Sindprodem. O Gerente nega também que as saídas dos Repositores estejam vinculadas a liberação da gerência da casa.

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