A era da falta de líderes

A cidade de Caraguatatuba, assim como todo o país vive o período de preparação que antecede as Eleições Municipais de 2016. Desde mês em diante todo aquele que almeja concorrer as urnas em outubro do próximo ano precisa iniciar a montagem de sua equipe, estar inscrito num partido e visualizar todo o horizonte até o dia da eleição. Digo isso no caso daquele vai se candidatar e não é agente político eleito por voto popular e precisa concorrer contra quem já está no cargo desde 2013.

Em Caraguatatuba o quadro se coloca da seguinte maneira: O atual prefeito, Antonio Carlos da Silva (PSDB) não pode tentar a reeleição por força da lei e seu filho, Antonio Carlos da Silva Júnior (PSDB) – Vice-Prefeito, também não pode seguindo a lei Eleitoral. Houve uma tentativa de eleger o filho Deputado Estadual, que daria a Júnior o direito de concorrer a Prefeitura em 2016, mas o vice não obteve o número de votos necessários para isso.

Com isso Antonio Carlos terá que repetir o que fez em 2004, ou seja, indicar pessoa de sua confiança e que faça parte de sua comunidade política. Essa alternativa alvoroça os estímulos e os sonhos dos políticos locais em busca de sentar na cadeira que Antonio Carlos usou por 16 anos.

O pensamento na cidade é um só; “Tá tudo no zero a zero”, ou seja, não tendo o atual prefeito no pleito não há desigualdade na disputa e qualquer político ou líder comunitário se acha no direito de disputar e conquistar a poltrona mais famosa da Rua Luis Passos Júnior, 50.

Mas nem tudo são flores no jardim da política Caraguatatubense. Nestes 16 anos de Antonio Carlos mais os 4 em que Aguilar governou, não surgiram novas lideranças políticas ou qualquer expoente que figure como um maioral guiando o povo no bom caminho do voto popular. Como não há lideranças anunciadas, algumas outras menos preparadas são lembradas e comentadas pelos quatro cantos da cidade.

O prefeito ainda não decidiu quem será o seu sucessor, mas alguns nomes são cogitados e apenas uma exigência foi feita; que a Vereadora Vilma Teixeira de Oliveira Santos (PSDB) seja a vice, para não perder os votos da região sul. Figuram o nome do empresário Wilney Cardoso, do Engenheiro Gílson Mendes, do Secretário Sérgio Arnaldo Braz e do Vereador Neto Bota (PSDB). O primeiro não tem questionamento mas também não tem serviço prestado, sendo favorecido pelo nome de família, conhecido e famoso em Caraguá. Contra os Secretários há reclamações corriqueiras, porém há serviço prestado ao longo dos anos. Já o Vereador, no seu segundo mandato passou desapercebido pela Presidência do Legislativo e conta com o trabalho de lobista da mãe, Cristina, junto ao alcaide, aliás, uma das poucas mulheres a qual o prefeito ouve, para tentar concorrer a vaga.

Pertencentes a Plebe Política local, pois não estão na corte municipal, nomes conhecidos como o ex-Prefeito José Pereira de Aguillar que confidenciou a amigos íntimos que não deseja concorrer as eleições de 2016. Mesmo estando sob júdice por causa das contas rejeitadas na sua gestão poderia concorrer com base em liminar. Já o advogado e ex-Vereador Álvaro Alencar Trindade (PT) acenou com a intenção de se candidatar, tendo o filho de Aguilar, o Edil Tato Aguilar (PSD) como o seu provável vice.

O médico Marcelo Ugatti vem manifestando desejo de concorrer há anos e comentários dão conta que uma candidatura poderia resultar num problema familiar. Para melhor se preparar o gastroenterologista teria feito os cursos de “Gerente de Cidades” e “Gestão Pública”, para entender melhor os meandros da Administração Pública.

Uma dupla pode ser a sensação das próximas eleições. Os Vereadores Aurimar Mansano (PTB) e Baduca Filho (PDT) figuram como a nova sensação política para 2016, ainda mais que uma pesquisa oficiosa, feita dentro da Prefeitura, mostra ampla vantagem de Aurimar Mansano na zona sul da cidade. A dupla tem questionamentos e serviço prestado, mas pesa contra eles o fato de estarem atrelados a atual administração, necessitando se desvencilhar e a insegurança da dupla que acha mais confortável concorrer a Câmara do que tentar a Prefeitura.

Por último surge o nome da advogada Ana Catarina Ferreira, neta de Benedita Pinto Ferreira, ex-Vice-Prefeita na década de 60 que pretende ser a nova geração da família, que despontou o advogado Sílvio Ferreira. A causídica não tem questionamentos e muito menos serviço prestado, mas com a sua campanha antecipada poderá tentar se igualar aos gigantes já conhecidos neste páreo de muitos votos.

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