Reviravolta no Caso Perón que completa dois anos sem solução

A morte de Joasir Perón completou na última sexta-feira – 30 de Abril – dois anos sem que fosse elucidado. As investigações continuam e muitas informações surgiram, sendo algumas desencontradas. No segundo ano do crime uma reviravolta, um Áudio anônimo levou o Prefeito a Delegacia para acusar o seu divulgador por Ameaça e Extorsão.

O empresário do ramo de Restaurante e Hotelaria, Joasir Perón foi morto em 30 de Abril de 2019 no seu restaurante, localizado às margens da SP-55, altura do bairro do Tinga, na Zona Sul da cidade. Segundo as informações iniciais um motociclista passou em frente restaurante de Perón e ao avistá-lo, retornou, desceu da moto e encostando na fachada do prédio, desferiu três tiros na cabeça do empresário, que não conseguiu ser atendido pelo Samu.

Os detalhes sobre o crime ajudam a montar um quadro, que ainda se mantêm incompleto. Perón tinha por costume tomar o seu café da manhã – Chimarrão – diária e costumeiramente na mesma mesa e no mesmo lugar, para o lado da vidraça que confrontava com a calçada e a Rodovia, tornando-se alvo fácil para qualquer pessoa e no caso, o atirador.

Joasir Perón é oriundo do Paraná, tinha na época 42 anos, três filhos com idades variadas e um quarto no ventre de sua esposa. Tornou-se famoso por apoiar, incentivar e investir no atual grupo político dominante na cidade desde 2016. A respeito de seu nome foram várias as informações, conjecturas e comentários a respeito de seu desempenho político, que além de apoiar os cabeças do grupo político, apoiava também alguns Vereadores, os quais conquistaram vantagens graças ao seu empreendedorismo político.

O Blog Contra & Verso falou com algumas fontes ligadas direta e indiretamente a Polícia. Sabe-se que através das imagens de Câmeras de Segurança, pessoas e a motocicleta, parecidas com a do atirador no dia 30, passaram pelo menos durante quatro dias antes do assassinato, comprovando que o atirador precisava comprovar o modus operandi da vítima para não poder errar.

Perón foi morto com balas de calibre 38, comprovadas pelo fato de não haver cartuchos nos arredores. Existe a possibilidade de Perón ter sido morto por projéteis calibre .380, desde que o atirador tenha vestido uma meia de nylon na pistola, evitando assim que os cartuchos caíssem no chão. Outra possibilidade é que o atirador tenha trocado o cano da arma, colocando dificuldades para análise da perícia, visto que o trajeto da raia seria diferente, acabando por inocentar o atirador.

Dias depois do crime um suspeito foi detido em Ubatuba, mas depois de alguns dias foi liberado, pois apresentava-se com uma moto similar e uma pistola calibre .380. No dia do crime, após matar Perón, o atirador cruzou a SP-55, entrando por uma avenida que termina nos fundos do bairro do Tinga, num ponto que pode convergir para diversas direções dentro da Zona Sul.

Outra informação, de suma importância, foi a prisão de um “Ganso” da Polícia Militar, nome dado para marginais que dão informações para os policiais prenderem outros meliantes. Segundo este indivíduo, preso sob acusação de roubo e que tem o seu nome mantido em sigilo, o matador de Perón teria dormido na residência uma pessoa de renome da cidade no dia do crime.

Mais uma informação diz respeito ao Celular de Perón, que foi apreendido para análise. De acordo com a fonte a “burocracia” na Polícia Civil é parte integrante à morosidade nas investigações. Primeiramente para vencer a senha colocada por Perón no celular e posteriormente, para se locomover dentre os vários setores da perícia policial. A fonte informa que no momento algumas informações puderam ser recuperadas e estão sendo analisadas. Outras informações que estão sendo analisadas e foram veiculadas abertamente pelos bastidores políticos da cidade é que seriam três causas para a morte de Perón; A primeira fala em trama política, a segunda que seria obra de devedor inadimplente e a terceira que o homicídio teria sido ocasionado por desavença entre aliados do grupo político dominante.

Mas a reviravolta no caso se deu nas últimas semanas, quando o Ativista Cultural Tarcísio Matheus divulgou em uma de suas Lives, um Áudio anônimo, onde uma pessoa alega que Joasir Perón teria morrido por ordem do Prefeito Aguilar Júnior, sob a intermediação do atual Secretário de Mobilidade Urbana, Marcel Giorgetti. O áudio cita o nome do assassino, que segundo apuramos, seria um ex-Policial Militar que já trabalhou como Segurança Particular de um Empresário e Político local. Segundo consta o áudio foi divulgado sem ter sido checado anteriormente.

O Blog Contra & Verso não citará o nome dos envolvidos no Áudio por ser anônimo e não haver possibilidade de checagem da veracidade.

De acordo com informações o Prefeito Aguilar Júnior e o Secretário Marcel foram a Delegacia de Polícia Civil dias depois da divulgação e fizeram um Boletim de Ocorrência, entregando como prova um Pendrive, contendo ameaças e extorsões feitas por Tarcísio Matheus contra o Chefe do Executivo. Ouvido pelo Contra & Verso Tarcísio Matheus desmente a acusação, alegando estratégia política, tendo em vista que o Prefeito tem perdido as ações movidas contra ele. “Disse apenas que foderia com ele se não me desse entrevista”, alega. Quanto a extorsão, refere-se ao pedido de uma verba de R$ 7.900,00 para a realização do evento Vip Convention, promovido por ele a vários anos. Matheus reitera que o objetivo é prejudica-lo por causa das denúncias que tem feito contra a Administração Municipal e esta acusação tem por objetivo tirar a sua credibilidade. “O Prefeito sabe sobre os problemas ligados a morte de Perón”, afirma.

Ao saber do Boletim pela Redação do Contra & Verso o Ativista Cultural fez uma Live onde não faltaram palavras ásperas, de baixo calão e chulas, agressões e ofensas ao Prefeito e Vereadores, frisando que sua vida corre perigo.

Através de terceiros o Prefeito não quer falar sobre o assunto, confirmando que sofreu extorsão e ameaças e elaborou o Boletim.

2 respostas

  1. Não entendi a reportagem o restante está localizado no bairro do indaiá ,,que entre o tinga e o restaurante ainda tem o Jd Maristela ,e o Jd progresso ,,não entendi a relação com o bairro do tinga ,,achei um tanto quanto preconceituoso ,,referir ao bairro do tinga por se tratar de um bairro de periferia lamentável isso

    1. Olá, Boa Tarde, Boa Terça e uma boa semana. Agradeço o fato de acompanhar e opinar sobre o Blog Contra & Verso, pois isto é muito importante para nós. Quanto ao texto em questão a única falha é que o Restaurante do Perón fica no Tinga e não no Poiares como foi citado e de maneira alguma a citação demonstra preconceito, apenas informação e o caminho tomado pelo matador era o Tinga, por uma avenida que dá acesso a várias localidades da cidade. Obrigado mais uma vez pela opinião!!!

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