*Jenny Melo
Entrar em um sebo é como abrir uma porta escondida no tempo. O cheiro de páginas antigas, o som leve das folhas sendo folheadas, o silêncio que convida à descoberta — tudo ali tem alma. Não são apenas livros usados: são histórias que já viveram outras mãos, outros olhos, outras emoções.
Em meio às estantes desordenadas, o leitor encontra mais do que títulos. Encontra marcas do passado — uma dedicatória esquecida, um bilhete dobrado entre as páginas, uma anotação feita com pressa e afeto. É como se cada exemplar tivesse algo a sussurrar, algo que sobreviveu ao tempo, esperando por um novo encontro.
Sebos têm essa beleza rara: eles não exigem pressa. Pelo contrário, convidam à pausa. São espaços onde a literatura respira diferente, mais devagar, mais profundo. E, sem que a gente perceba, o ambiente vai nos envolvendo, despertando uma vontade genuína de ler, de explorar, de se perder entre mundos que não são os nossos — ou que, de alguma forma, também são.
Para quem ama livros ou está redescobrindo o prazer da leitura, visitar um sebo é mais do que comprar: é viver uma experiência. É voltar pra casa com um volume nas mãos e outro no coração.
Beijos da Jenny e Até.
*Jenny Melo – Escrevo minha história aos poucos, entre silêncios, livros e abraços.
Sou mãe, esposa, futura jornalista… e, acima de tudo, alguém que encontra sentido nas palavras e abrigo nas páginas.
Leio o mundo com o coração aberto — porque, pra mim, a vida é feita de histórias que a gente vive e outras que a gente escolhe amar
