*Jenny Melo
A primeira Bienal do Livro no Brasil aconteceu em 1983, nos salões do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, marcando o início de um ciclo cultural que transformou o país. Desde então, o evento cresceu e passou a se realizar no Riocentro, reunindo leitores, escritores, editoras e ideias num espaço rico e vibrante.
Em 2025, a Bienal do Rio aconteceu de 13 a 22 de junho e ganhou um formato totalmente inovador: foi batizada de “Book Park”, um parque literário com toques lúdicos e que promovem a imersão do leitor.
Autores consagrados brilharam no evento, como Ruy Castro (homenageado, com dois lançamentos), Chimamanda Ngozi Adichie (que abriu a Bienal junto com Taís Araújo), Ailton Krenak, Conceição Evaristo, Dráuzio Varella, Itamar Vieira Junior, além de vozes internacionais de destaque. Foram mais de 500 expositores, cerca de 200 horas de programação, debate, autógrafos, oficinas, música e cultura para todas as idades.
Esses eventos literários são fundamentais para a população, pois aproximam os livros de todos — crianças, jovens, adultos — e fortalecem a leitura como fonte de conhecimento, diversão e reflexão. É nesse ambiente que surgem novos leitores e, muitas vezes, potencias escritores, tocados pela magia de ideias compartilhadas.
Esse ano, o Rio também foi reconhecido pela UNESCO como a primeira “Capital Mundial do Livro” de língua portuguesa, título que entrou em vigência em 23 de abril de 2025. Esse reconhecimento fortalece a imagem da cidade como polo literário, ampliando ações públicas como bibliotecas municipais, redes de leitura e eventos culturais permanentes.
Ter o título de Capital do Livro é uma ferramenta poderosa de incentivo à leitura: ele serve como apoio institucional para promover clubes de leitura, saraus, concursos literário e residências de autores. Além disso, estimula a descoberta de novos talentos, oferece espaço para escritores iniciantes e reforça a ideia de que escrever é possível para qualquer um — basta uma ideia e coragem.
A Bienal 2025 foi mais que uma feira: foi uma festa popular do livro, um convite à descoberta e um legado de formação cultural. Somada à chancela da UNESCO, ela reafirma o poder transformador da leitura — para novos leitores e escritores — e reforça o Rio de Janeiro como um berço literário a ser explorado por todos.
Beijos da Jenny e Até.
*Jenny Melo – Sou mãe, esposa, estudante de Letras e que ama livros e tudo que envolve esse universo mágico além de todas as aventuras e as viagens que os mesmos proporcionam.