Por Beá Moreira
Hoje vou contar prá vocês
Uma estória bem legal!
A estória de um confete
Que odiava Carnaval!
Era um confete sério,
Que achava tudo besteira!
“Essa coisa de Carnaval,
Isso é pura brincadeira!”
Mas o que ele não esperava,
É que imaginem, gostava
De ir na festa do Momo,
E pelo salão, dançava!
Sempre muito a contragosto,
Se encantava com uma menina;
Que vivia toda enrolada;
Uma tal de Serpentina.
Essa sim, Sassaricava,
Corria por todo o salão!
Voava por sobre os ombros;
Saltava de mão em mão!
O Confete, muito sisudo,
Ficava todo enciumado;
Fechava a cara, bicudo,
Com ares de namorado!
E a Serpentina, contente,
Bailava, a rodopiar.
Se enrolava em toda gente,
Subia e descia, no ar1
Mal o confete sabia,
Que não tinha o que temer!
Pois essa festa acabava
Junto com o amanhecer!
E ele, então, com paciência,
Esperou o dia romper;
Sabia que quando acabasse,
O salão iam varrer.
Seria esse o fim de tudo?
No lixo iria se perder?
E então, nesse momento
Que foi para ele um alento,
Olhando pelo salão,
Viu a Serpentina sozinha,
E depois da varrição,
Foram prá mesma pazinha!
Beá Moreira é Cientista Social, e comenta sobre o cotidiano e suas nuances, de forma descontraída e despretensiosa, buscando fazer do leitor de qualquer idade, um companheiro de bate papo.