Desacelerando

*Jenny Melo

 

Hoje em dia, a gente acorda, pega o celular “só pra ver a hora”… e, quando percebe, já está vendo o vídeo de um gato tocando piano e discutindo política nos comentários. O excesso de telas virou o novo “ar que respiramos” — só que, em vez de oxigênio, é um fluxo constante de notificações, cores piscando e informações jogadas no nosso cérebro sem nem pedir licença. E isso tem um preço: a sobrecarga mental.

Quando passamos tempo demais diante das telas, nossas funções cognitivas — atenção, memória, capacidade de concentração — começam a sentir o impacto. É como se o cérebro estivesse sempre correndo uma maratona sem pausa para beber água.

Mas existe uma forma simples (e maravilhosa) de diminuir todo esse excesso: a leitura. Diferente da avalanche caótica das redes, um livro te convida a mergulhar. É um mergulho profundo, silencioso e nutritivo, que fortalece a concentração, reduz a ansiedade e até melhora a criatividade. É como dar férias para a mente… sem precisar pedir folga no trabalho. Em meio ao frenesi de informações constantes, ler é ir exatamente à contramão, parar… Desacelerar.

“Mas e a correria do dia-a-dia… meu trabalho, faculdade, minha casa, meus filhos, casamento?”, você me pergunta. Bom, como mãe, esposa, dona de casa, universitária e ainda trabalhando (estou no meu lugar de fala), posso afirmar que é possível sim. Você não precisa separar, horas e horas para ler, que tal começar com 10 minutinhos por dia: no transporte, antes de dormir, na pausa do café. Transforme a leitura em um pequeno ritual — aquele momento em que o mundo desacelera e você lembra que ainda é humano, não uma extensão do seu celular.

No fim das contas, desacelerar um pouco não é perda de tempo; é ganho de vida. Entre um feed infinito e um capítulo de livro, seu cérebro vai agradecer se você escolher a segunda opção. E, de quebra, vai descobrir que algumas das melhores histórias não estão no Instagram… mas nas páginas que você ainda não leu.

 

Beijos da Jenny e Até.

 

*Jenny Melo – Escrevo minha história aos poucos, entre silêncios, livros e abraços.
Sou mãe, esposa, futura jornalista… e, acima de tudo, alguém que encontra sentido nas palavras e abrigo nas páginas.
Leio o mundo com o coração aberto — porque, pra mim, a vida é feita de histórias que a gente vive e outras que a gente escolhe amar.

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