Esse Ninja merece um Harakiri

A atual febre de Comida Japonesa ampliou o número de Restaurantes deste tipo em Caraguatatuba, aliado aos diversos cursos de Sushiman criados para suprir este modismo. Se por um lado o consumidor tem várias opções no setor ao seu dispor, os empreendedores deste ramo deveriam se estruturar melhor para servir bem o cliente. Neste caso tem Ninja precisando fazer um Harakiri pelas falhas que apresenta.

Trata-se do Restaurante Ninja Sushi, instalado na rua Nove de Julho, ponto nobre do centro de Caraguatatuba, que em seu cardápio tem pratos quentes, Sushis, Sashimis e faz Delivery de seu cardápio graças ao atendimento via fone ou pelo Whatsapp. Pela estrutura apresentada este novo ponto comercial está longe de fazer frente aos gigantes do ramo na cidade.

Os problemas são pequenos dentro do universo da administração de restaurantes, mas que pesam e muito, quando afligem o cliente que espera ser bem atendido e pagar um preço justo por isso.

As falhas são várias e vamos enumerá-las e citá-las. Visitando o local na hora do almoço, ficamos em dúvida quanto ao um dos pratos servidos, de nome Gunka. Perguntado o Sushiman do período informou que o nome correto é Gunkan e o mesmo é feito com arroz enrolado em alga com recheio por cima. No período da noite ao pedir o prato nos foi servido com o arroz enrolado em pepino e nada foi feito para reparar o erro ou para se desculpar que o Sushiman da manhã teria cometido um equívoco.

Pesquisando na Internet descobrimos que o prato tem ambos os nomes, mas a maioria dos restaurantes o faz com alga e não com pepino.

Ainda no período da manhã nos informaram o valor do rodízio e que tudo estaria no cardápio. A noite o garçom nos relatou que a exceção era o Camarão.

Agora falando sobre o Rodízio, após pedir os pratos solicitamos os molhos Agridoce e Tarê e os mesmos foram servidos em pequenas cumbucas, ao invés de recipientes com dosador, que facilita o manuseio, pois da maneira como é apresentada o risco de perda do produto, de sujar a mesa e a roupa do cliente são grandes.

Chegou a hora dos pratos serem servidos. O que era solicitado da Cozinha vinha com tradicional rapidez, o que não pode ser dito com respeito ao Sushiman, que para não comprovar a lentidão no atendimento, mandava parte do solicitado ao invés do pedido na sua integralidade. Para piorar a situação, ao invés de preparar e servir o cliente por ordem de chegada, clientes que chegavam depois eram atendidos em detrimento de outros que já estavam, no caso o nosso pedido.

O solicitado ao garçom também não foi servido a contento. Um dos pratos foi pedido quatro unidades e nos foram servidas oito unidades. Tendo em vista que o Camarão não estava incluído no Rodízio, solicitamos quatro unidades de Niguiri Camarão e após alguns minutos aguardando a finalização do pedido, o garçom nos informa que o Camarão havia acabado.

Em certo momento que o nosso pedido era entregue de forma “picada”, ou seja, pela metade, o garçom pergunta o que faltava ser entregue, mostrando que o mesmo não havia anotado ou que não se comunicava com o Sushiman sobre os pedidos restantes. Disse a ele que olhasse o pedido que eu havia feito. O mesmo não retornou para dizer que o restante estava a caminho e seria servido. Aliás quando se fala em atendimento neste estabelecimento, vê-se que muito precisa ser feito, pois enquanto o garçom atendia as mesas, uma moça, localizada no caixa e que não era o caixa, ficava apenas no celular.

Tendo em vista a precariedade no atendimento e que o nosso pedido não era servido desisti de continuar ali, pois nada era dito e muito menos feito para me atender e solucionar a minha questão. Na saída informamos a gerência de que não apreciamos a casa e não retornaríamos e explicando o caso, a tal moça do celular tentava explicar que a maneira feita por eles era a correta. O caixa, que parecia ser o gerente nada disse ou fez para contornar a situação, o que é deprimente.

No Japão dos Samurais os Ninjas representavam o lado negro dos combatentes, sendo chamados de assassinos ou mercenários. Tanto um quanto outro, quando derrotados em batalha e permaneciam vivos, entregavam-se aos vencedores praticando o Harakiri, cortando o próprio estômago com a espada menor e colocando-se de quatro para serem decapitados.

Recomendo o mesmo tratamento ao estabelecimento.

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