*Jenny Melo
No universo da leitura, existe uma “guerra” silenciosa e divertida que divide corações e estantes: a eterna disputa entre os defensores do Kindle e os amantes incondicionais dos livros físicos. De um lado, temos o time da tecnologia, que preza pela praticidade e a conveniência de ter uma biblioteca inteira na palma da mão. Do outro, a turma do papel e da tinta, que não abre mão do cheiro, da textura e da experiência sensorial de folhear uma página.
Vamos ser sinceros, essa rivalidade é mais uma brincadeira do que uma briga de verdade. Afinal, no final do dia, todos os leitores compartilham o mesmo amor pela boa e velha história. Mas, se você já participou de um desses debates, sabe que cada lado tem seus argumentos.
A galera do Kindle se gaba da praticidade. É difícil competir com a facilidade de carregar dezenas de livros para qualquer lugar, sem ocupar espaço ou adicionar peso na mochila. Sem falar que a iluminação ajustável do e-reader permite que você devore capítulos no escuro, sem incomodar ninguém. E a possibilidade de ajustar a fonte e o tamanho da letra é uma mão na roda para quem tem dificuldades de visão. É um companheiro de viagem perfeito, sempre pronto para a próxima aventura literária, seja na praia, no avião ou no sofá.
Já os puristas dos livros físicos têm seus próprios encantos. Para eles, a experiência vai muito além das palavras. O ato de manusear um livro, de sentir a capa, de passar o dedo por uma página, de ouvir o som do papel… Tudo isso faz parte de um ritual quase sagrado. A capa se torna uma obra de arte, a estante se transforma em uma galeria pessoal e as orelhas e anotações viram memórias afetivas. Não há bateria para carregar, a leitura não cansa os olhos da mesma forma que uma tela digital e o cheiro de livro novo (ou velho!) é um aroma que não se encontra em nenhum outro lugar.
No fim das contas, a grande verdade é que não existe um modelo melhor que o outro. O Kindle pode ser seu melhor amigo em uma viagem longa, enquanto o livro físico é o companheiro ideal para uma tarde chuvosa em casa. A beleza da leitura reside exatamente na flexibilidade e na liberdade de escolha. O que realmente importa é a jornada que as palavras nos proporcionam, a imersão em outros mundos e o conhecimento que adquirimos.
Portanto, em vez de brigar, que tal celebrarmos essa diversidade? Afinal, seja com um e-reader na mão ou com um calhamaço de papel nas costas, o que nos une é a paixão por mergulhar em histórias. E no grande campo de batalha da leitura, todos saem vencedores.
Beijos da Jenny e Até.
*Jenny Melo – Escrevo minha história aos poucos, entre silêncios, livros e abraços.
Sou mãe, esposa, futura jornalista… e, acima de tudo, alguém que encontra sentido nas palavras e abrigo nas páginas.
Leio o mundo com o coração aberto — porque, pra mim, a vida é feita de histórias que a gente vive e outras que a gente escolhe amar.