Não há mal que dure para sempre

Boa parte da população, leia-se a soma de todos os opositores, não aceitou o resultado das urnas em Novembro de 2020. A não aceitação veio pelo cenário montado nos últimos quatro anos, onde o descrédito, a inoperância e a má gestão em todos os sentidos foram a tônica combatida, comentada e visualizada. Mas não há mal que dure para sempre e o próximo quadriênio será um teste de paciência.

Ninguém esperava por este resultado. Na verdade todos esperavam por uma pífia gestão de apenas quatro anos, igual a feita por Aguilar Pai, de 2005 a 2008, ou seja, tradição de mal gerir a Administração Pública Municipal já era uma questão política familiar.

Os últimos quatro anos demonstraram bem que o mal tinha data e hora para começar e acabar. Má gestão Financeira, falta de Planejamento nos Projetos e no dia a dia da máquina Pública, Desencontros Políticos, Duplo Comando na decisão dos caminhos do Município, Poder Familiar no primeiro Biênio no Executivo e Legislativo, falta de preparo para lidar com a Máquina Administrativa, tendo em vista a quantidade de processos no Tribunal de Contas e de Justiça do Estado.

Este não seria o cenário adequado para uma gestão single, onde pai e filho, com o passar dos anos poderiam discutir quem mais fez o pior pelo povo desta cidade em apenas quatro anos??? Seria Cômico se não fosse trágico discutir a incompetência, a inoperância e a má gestão numa cidade onde o principal prejuízo resultaria para o próprio povo???

Engana-se quem pensou nesta linha!!! Os mais velhos e os expert em Marketing Político e Eleitoral diriam que o principal problema numa Eleição, principalmente a Municipal é o povo, o Eleitorado em si, na sua totalidade, seja a Massa Eleitoral, seja o difusor de Opinião. O Eleitor é o principal ponto numa eleição, a maior incerteza, o problema maior, a dúvida que cerca todo candidato até a hora da apuração.

O quadro mostrava-se claro, com uma Máquina Administrativa inoperante e o descrédito visível de boa parte da população, mas a “Máquina” é a peça fundamental, não importando se o seu operador é inoperante ou não. Uma Teia bem montada foi construída, sabe-se bem com quais peças e ingredientes, tornando benéfico tudo aquilo que foi denunciado e desconstruído ao longo dos últimos quatro anos.

O grande número de opositores peneirou os votos e beneficiou a situação??? A falta de estratégias deixou os reeleitos livres para agir??? A união de nomes ou a demora na indicação deles tranquilizou os vitoriosos??? As razões são várias e citá-las hoje é tentar encontrar uma razão, que está concentrada no eleitorado e na Teia armada para o bote final.

No final das contas as Eleições Municipais 2020 tornaram-se um grande aprendizado e a maior lição de paciência da Oposição, que terá duração de mais quatro anos para suportar tamanha destruição da Administração Pública local.

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