O Transporte Coletivo é a maior e melhor criação urbanística para a locomoção dos habitantes de uma cidade dentro de seus limites até os dias de hoje. Mesmo sendo prática, a mais usada e tradicional em diversas metrópoles, este sistema precisa de renovação, atualização e adequação, dependendo da comunidade, do município, da cidade onde está em uso.
Em Caraguatatuba temos problemas comuns e diferenciados, em relação a outras cidades. Primeiramente a empresa que detêm a concessão do Transporte Coletivo na cidade não alcança todos os bairros nos principais horários de seus moradores. Penso que estender os itinerários, cobrir todos os bairros, atendendo-os em seus principais horários, tanto de ida como de volta, seria o mais prático, interessante e necessário.
A manutenção dos carros é outro ponto que gostaria de abordar. Volta e meia os carros avariados, parados ao longo dos acostamentos são cenas comuns para os moradores e problemáticas para os usuários. Pior do que transitar e ter que parar por quebra mecânica é ficar horas e horas aguardando um novo carro, atrasando compromissos como consultas, exames, reuniões, horário de trabalho e até o lazer privado ou da família.
Quando falo em problema mecânico, me refiro também a plataforma de elevação, o famoso “elevador” da porta do meio, destinado aos cadeirantes, que precisam se locomover e necessitam deste dispositivo para isso. Mesmo com a orientação de apenas os cadeirantes usarem a porta do meio, são vários os equipamentos avariados e nem por isso os carros são retirados do tráfego diário. Friso que é necessária uma maior e melhor manutenção, visando acima de tudo o respeito ao Edital da Concorrência que a referida empresa venceu.
Maiores e melhores orientações aos motoristas seria outro problema, que se sanado, daria mais qualidade as viagens no sistema de transporte público de Caraguatatuba. Não é de hoje que motorista discute com usuário, replica indagações e grosserias e responde de maneira ríspida. Entendo que paciência com alguns usuários é primordial, mas em outros casos o motorista não se mostra com paciência alguma. Há de se compreender esta atitude, tendo em vista o salário de fome que é pago aos condutores dos ônibus, relacionado a grande carga horária, resulta num serviço de péssima qualidade.
Para finalizar a questão do troco na passagem é um grande problema a ser resolvido, pois são vários aqueles que por não ter trocado, dependem da boa vontade de terceiros ou perdem suas viagens até trocar notas de r$ 10, r$ 20 e até r$ 50. A volta dos trocadores é outro problema de grandes dimensões que precisará unir toda a população, a Prefeitura, a Câmara e até o Judiciário por esta antiga categoria de trabalhadores hoje fadada a extinção.