A expressão “Fogo Amigo” é comumente usada por Militares e Forças de Segurança para relatar quando um atirador por engano, acerta ou mata um colega da mesma farda ou equipe durante uma batalha ou tiroteio por acidente. Este é um exemplo policial militar, mas e quando o Fogo Amigo é Político, ou seja, seu colega de partido e de confiança o trai, o que devemos pensar, o que devemos fazer???
Wilson Gobetti é um Paranaense de Astorga que veio com sua família para São Paulo em busca de uma vida melhor, com ele começando a trabalhar com 9 anos de idade em Paraibuna, limpando banheiros de um Restaurante de Estrada para no ano seguinte vir para Caraguatatuba onde fixou residência até os dias de hoje.
Seja trabalhando com o Pai, com o irmão ou sozinho, Gobetti sempre dedicou sua vida para trabalhar e tentar conquistar uma vida melhor, mais tranquila, ideal que todo jovem comerciante tenta almejar.
Com 30 anos foi reconhecido pelo ex-Prefeito José Pereira de Aguilar como pessoa de grande potencial para captar votos, tanto para o ex-Prefeito, na época como Vice do ex-Prefeito Antonio Carlos da Silva como para ele visando uma cadeira na Casa de Leis.
A partir daí foi uma parceria duradoura, efetiva, produtiva e bilateral, com um ajudando o outro nos piores e bons momentos, com Gobetti salvando a pele do ex-Prefeito, seja durante uma eleição, seja na posse do cargo, seja coordenando a campanha, dentre outros casos e fatores.
Assim como no Casamento quando o Padre diz; “Até que a morte vos separe”, a traição política termina quando você precisa proteger outros em detrimento daqueles que sempre te ajudaram e estiveram ao seu lado.
E depois de 24 anos Gobetti sofreu uma abrupta traição, encabeçada pelo ex-Prefeito José Pereira de Aguilar, conhecido como ‘Aguilar Pai’, tendo a coautoria de seu filho José Pereira de Aguilar Júnior, o atual Prefeito para proteger e conquistar a reeleição do outro filho, Renato Leite Carrijo de Aguilar, mais conhecido pela alcunha de Tato Aguilar – O Mimadinho e o Vereador Dé Construtor, amigo próximo e de longa data de Aguilar Pai.
Segundo consta Gobetti exercia a função de Assessor Político Parlamentar na Prefeitura, fazendo o meio de campo entre o Prefeito e os Vereadores. Como foi preterido para ser o indicado a concorrer para Prefeito, tornou-se Pré-Candidato a Vereador buscando o quarto mandato, se descompatibilizando do cargo em 5 de Abril conforme a Lei Eleitoral vigente. Entretanto consta que Aguilar Júnior não tinha um nome para exercer a função de Secretário Municipal de Serviços Públicos – SESEP, ao invés de nomear o Adjunto, Wagner Ramiro para a função.
Desta maneira o Prefeito pediu para Gobetti retornar à Prefeitura, desta vez como Diretor de Assuntos Institucionais, para de modo disfarçado comandar a SESEP e segundo a lei, poder descompatibilizar com apenas 90 dias. Gobetti teria inquirido ao Prefeito se esta ação estava correta e não traria problemas futuros, tendo o Prefeito convencido Gobetti que tudo estaria dentro da lei. Gobetti foi orientado por amigos próximos de que não deveria fazer isso, sob risco de impugnação de sua candidatura, porém Gobetti confiou na palavra do filho de quem sempre foi seu parceiro ao longo dos últimos 24 anos.
Dito e feito, Gobetti foi denunciado a Justiça Eleitoral e mesmo com os recursos apresentados, não conseguiu convencer o TRE – Tribunal Regional Eleitoral de que estaria cumprindo a Lei Eleitoral, tendo os seus 864 votos não computados à sua candidatura e muito menos no quociente da legenda, pois o seu recurso não havia sido julgado até o dia 4 de Outubro. Toda esta conspiração e sórdida traição tinha por objetivo evitar a vitória de Gobetti, que montou uma equipe de primeira e realizado centenas de reuniões com grupos e comunidades, ameaçando diretamente a reeleição de Tato Aguilar e Dé Construtor que não se reelegeu, que tem suas bases eleitorais na Zona Sul de Caraguá, a mesma de Gobetti. Ao mesmo tempo precavendo-se de uma rejeição na Justiça buscou uma compensação política, o que foi negado, visto que todos os seus pedidos já estavam comprometidos
o que leva a crer que além da traição Gobetti foi banido do meio político local, um triste final para quem sempre foi fiel apoiador deste grupo político.