A Política encerra 2024 em Caraguá de forma agitada

O final de um ano, seja ele pessoal, financeiro, administrativo ou político é época de festa, de confraternização, do sol e do calor do Verão, de fechar o livro, de encerrar o caixa e se preparar para mais 365 dias de emoções, tarefas e problemas para resolver. Porém em Caraguatatuba nem tudo serão flores e festejos. Existe um clima pesado no ar no apagar das luzes de 2024 e na chama que se acende para 2025.

A Previsão do Tempo para Caraguatatuba até o Réveillon é de Relâmpagos, Trovoadas e Raios poderosos na área Política, causando uma instabilidade no clima que nem a mais poderosa La Niña poderia trazer nas praias de nossa cidade e região. Este clima ruim não tem hora para terminar, podendo trazer sequelas durante os próximos 4 anos da gestão de Matheus Veneziani.

A primeira instabilidade tem o nome de Transição. Depois de 56 dias de reuniões, discussões, solicitações, ofícios, visitas e entrevistas, encerrada ontem, apenas um Relatório Final foi feito e a autoria coube ao grupo do Prefeito Matheus, que segundo a Legislação, deveria ser assinado por ambos os grupos, de Aguilar Júnior e Matheus. Fontes da Prefeitura garantem que o Decreto que normatizou a Transição cita que o Relatório Final deverá ser assinado pelo representante de cada grupo, da atual e da próxima Legislatura, fato esse que não ocorreu.

Ao mesmo tempo uma fonte ligada ao grupo de Matheus Veneziani garante que não há necessidade de 2 assinaturas, pois o material produzido, cerca de mil páginas, foi feito com base nas visitas, estudos, declarações e respostas dos ofícios solicitados ao Prefeito Aguilar Júnior. A mesma fonte informa que o Relatório Final mostra a situação caótica da atual gestão.

Este texto foi produzido na tarde do dia 29, Domingo, um dia antes da Coletiva de Imprensa que o Prefeito Aguilar Júnior concedeu ontem, no dia 30, para prestar contas dos seus 8 anos a frente do Executivo de nossa cidade e para falar sobre a Transição. Fontes de ambos os lados nos forneceram uma antecipação do que ocorreu, com indagações sobre mentiras e desmentidos a respeito do período que antecede a próxima gestão municipal. Resta saber quem está com a razão.

O mau tempo em Caraguá não para por aqui. A questão da Eleição da Mesa Diretora do Legislativo divide as pautas dos Veículos de Imprensa, juntamente com o anúncio do Secretariado e o processo de Cassação do Diploma do Vereador Eleito Maurílio Moreira.

Quanto a Mesa Diretora o que parecia ser a disputa entre Tato Aguilar e Antonio Carlos Júnior, tornou-se por uns dias uma eleição tranquila de chapa única com nítida vitória fácil do irmão do Prefeito Eleito e Diplomado, mas 24 horas após o Dia de Natal, Tato Aguilar conseguiu revogar a decisão de primeira instância e se recolocou na disputa, segundo texto publicado no Contra & Verso no dia de ontem.

Ao mesmo tempo, faltando poucos dias para a Posse, marcada para o dia 1º de Janeiro de 2025 às 11 horas na Câmara Municipal uma informação movimentou os Bastidores Políticos e deixou os Analistas Políticos de Plantão alvoroçados. A informação diz respeito a um acordo político que teria duração, pelo menos, para os próximos 2 anos.

De acordo com a informação, é tida como certa a eleição de Tato Aguilar para a Presidência da Câmara para o Biênio 2025/2026, com a promessa de que a vida política e administrativa de Matheus Veneziani será suavizada nos próximos 24 meses. Em contrapartida Matheus Veneziani não ordenaria o início de uma Auditoria nos livros municipais pelos últimos 8 anos de Aguilar Júnior.

A base deste acordo seriam os 11 Vereadores que estão sob a bandeira da oposição, o que, de uma maneira ou de outra, poderiam causar muita dor de cabeça para um novo Prefeito que tem como prioridade colocar a casa em ordem, para depois inserir seus planos e obras. Conjectura ou Teoria da Conspiração, o que se tem é a negativa do Prefeito Eleito quanto a informação.

Complementando o parágrafo anterior sabe-se de Bastidor que é impossível assumir a Prefeitura sem que alguma análise dos feitos anteriores não seja auditada, além dos atuais contratos que terão os pagamentos suspensos até que uma análise mais pormenorizada seja feita.

Finalizando temos o processo que pede a Cassação do Diploma do Vereador eleito Maurílio Moreira, do AGIR, que teria desrespeitado a Lei Eleitoral, mantendo contrato com a Prefeitura durante a Campanha das Eleições Municipais deste ano. O Ministério Público Eleitoral deu aval a denúncia do Vereador, hoje Suplente, Marcos Kinkas, com a resposta final a espera de decisão do Tribunal Regional Eleitoral.

Este caso merece a análise de 2 linhas com interpretações diferentes. Primeiro caso o Diploma de Maurílio é cassado e quem assume é Kinkas, ponto final!!! Segundo consta o Vereador e hoje Suplente Fernando Cuiú estaria cogitando o pedido do cancelamento dos votos recebidos por Maurílio o que causaria, caso tenha efeito, na redução do Quociente Eleitoral do AGIR nas eleições, beneficiando o partido de Cuiú, dando a ele a vaga de Maurílio. Mantendo Kinkas como Suplente.

Esta segunda linha é a de sequela mais drástica, que colocaria na Casa de Leis mais um Vereador que fez parte do candidato protegido de forma indireta do Prefeito, Neto Bota, além de ser um Parlamentar instável, que experimenta momentos situacionistas e oposicionistas.

Pelo que se vê o mau tempo político não mostra sinais de um tempo ensolarado, de sol brilhante e intenso calor, típicos do Verão no Litoral Norte.

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