A Segurança com o toque Feminino

Pela primeira vez em 192 de Fundação da Polícia Militar do Estado de São Paulo e nos 44 anos de instalação do 20º Batalhão de Polícia Militar do Interior – 20º BPM/i – a mais poderosa e organizada Força de Segurança Pública com base no Litoral Norte do estado tem no comando uma pessoa do sexo feminino. Trata-se da Tenente-Coronel Angélica Silva.

Efetivada no comando do 20º BPM/I, um dos seis existentes na área do CPI-1 – Comando de Policiamento do Interior 1 – sediado em São José dos Campos e responsável pelo policiamento do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira desde Maio deste ano, a Tenente-Coronel Angélica frisou que veio para agregar ao bom trabalho da Polícia Militar no Litoral Norte.

A Tenente-Coronel Angélica Silva tem 50 anos, é casada com um Coronel Reformado e tem dois filhos, sendo que um deles, a menina, prestou exame para a AFA – Academia da Força Aérea. Filha de pais civis, o pai foi funcionário da BASF em Guará, cidade onde viveu por 20 anos e com 26 anos viu na demissão do pai que seria necessário se fortalecer e repensar a estabilidade, tendo em vista o revés que a demissão causou na família.

Partindo deste princípio prestou Vestibular para Odontologia na Unitau – Universidade de Taubaté – sendo aprovada. Ao mesmo tempo prestou Concurso para a Academia do Barro Branco – Escola de Oficiais da Polícia Militar – e Acadepol – Academia de Polícia Civil – para Escrivão de Polícia, sendo também aprovada para ambos. O primeiro chamado veio da Polícia Civil, onde ficou por duas semanas, até que o Barro Branco divulgou a lista e a chamou.

Para a Comandante Angélica a escolha pela Polícia Militar veio das maiores chances de progressão na carreira, iniciando seus estudos em 1994 e segundo ela, “apaixonando-se pela Polícia Militar no primeiro ano”.

Formada Oficial da Polícia Militar em 1998, a então Tenente Angélica deparou-se com o dilema da época na Polícia Militar; a da distinção no quadro Masculino e Feminino e nesta linha foi transferida para o 5º BPFEM – Batalhão de Polícia Militar Feminina – na Zona Leste da Capital. Quanto a distinção as mulheres eram transferida para este batalhão apenas, enquanto que os homens poderiam escolher o Quartel que desejassem. Neste ínterim fez a Escola de Educação Física da Polícia Militar e em 1999, quando os quadros foram unificados, pediu transferência para o 7º BPM/M – Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, que por coincidência, está até hoje instalado na Avenida Angélica, quando desempenhou trabalho interno e de rua, participando de várias ações, como reintegração de posse.

Em seguida dedicou-se a área de Ensino da Polícia Militar, participando do Curso de Formação de Soldados em Pirituba, no Curso de Formação de Sargentos e na Academia do Barro Branco até 2012. Após este período desejou ficar mais próxima de casa e conseguiu transferência para o CPI-1 em São José dos Campos, permanecendo lá por 10 anos na instrução e formação de policiais, quando no posto de Major chefiou a Divisão Operacional do CPI-1, o que lhe valeu conhecimento e experiência para organizar Operações Policiais, trabalho este que tem feito com periodicidade no Comando do 20º BPM/I. Neste entremeio de datas comandou uma Companhia em Jacareí.

Perguntada a nova Comandante fez um balanço sobre a região que agora chefia. “Assim como todas as regiões do Estado de São Paulo e do Brasil, o Litoral Norte tem as suas peculiaridades como Feira do Romeiro em Aparecida, Operação Verão no Litoral Norte, Operação Inverno em Campos do Jordão e as fronteiras com o Rio de Janeiro, Minas e o Litoral Sul, sem contar o Porto de São Sebastião, o CDP – Centro de Detenção Provisória – a Fundação Casa e as Cadeias das respectivas cidades, ou seja é um movimento anual que não tem parada, pois quando um termina é hora de organizar o outro e por aí vai”, disse.

Segundo a nova Comandante todo o Batalhão está suprido com Contingente, mesmo com a redução do número de policiais na força desde 2013, quando éramos 100 mil policiais e hoje são apenas 89 mil. Equipamentos, Acessórios, Armamentos dos mais variados tipos e para reduzir estatísticas como a maior taxa de homicídios em Caraguatatuba, serão necessárias Operações Mensais, ações mais participativas para reduzir o número de armamentos nas ruas. A Tenente-Coronel Angélica frisa que os homicídios são números que impressionam, mas que na verdade são difíceis de combater, tendo como base a complexidade do fato.

Quanto as questões para resolver está a mudança de local da 1ª Cia. em São Sebastião, aguardar a chegada das Câmeras, pois na região apenas o 46º Batalhão e o BAEP é que usam, resolver a questão da nova sede da Força Tática em Caraguatatuba. Em Ubatuba aparentemente não há nenhuma questão a ser resolvida e em Ilhabela, infelizmente o desejo do Prefeito Colucci, em transformar o Pelotão em Companhia não poderá ser realizado, devido ao tamanho da cidade, a sua Sazonalidade Anual e o número de Ocorrências.

Finalizando a nova Comandante agradece o fato de ser nomeada a primeira Oficial Feminina a comandar o Litoral Norte, frisando que veio para agregar ao bom trabalho que vem sendo feito. “Ser nomeada para o 20º é um presente para mim por esta bela cidade e região”, frisou.

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