Na última terça-feira, junto com as Águas de Março, terminou mais um ilusório e premeditado BBB 10, com a vitória do pseudo-troglodita Marcelo Dourado. Digo ilusório pois tudo que aconteceu ali dentro foi arquitetado para garantir a audiência necessária e premeditado para que você além de assistir pudesse discutir no dia seguinte com amigos, parentes e colegas de trabalho.
E mesmo assim o índice do Ibope na final foi um dos mais fracos da história.
Se por um lado a vitória de Dourado pode se considerar injusta, visto que já participou do BBB em edições passadas, a Rede Globo não se mostra preocupada com este fato, visto que arrecadou, de forma prematura, sem contabilizar as verbas publicitárias, cerca de R$ 45 milhões apenas nas ligações durante os paredões.
Mas o fim da picada foi o diretor do programa, Boninho, no final do BBB, escrever em seu Twitter que não aceitará mais ex-BBBs na edição de 2011. É o mesmo que eu pegar emprestado o carro de alguém, beber bastante, bater e amassar o veículo e depois prometer que não colocarei uma gota de álcool na boca. No mínimo é tratar o espectador como um estúpido.
Agora é para refletir: Que país é este que premia uma criança com R$ 100 mil num programa como o Soletrando do Caldeirão do Huck e entrega R$ 1,5 milhão a um aprendiz de celebridade instantânea?
E para terminar não duvide que a segunda colocada, a dentista Fernanda, de São José dos Campos, torne-se a Garota Propaganda da TV Vanguarda. Só para lembrar os ouvintes, Boninho é o filho de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho – o Boni, ex-todo poderoso da Rede Globo e um dos homens que mais entende de televisão no Brasil.