Blindar o Poder Executivo não é a melhor opção

A Blindagem é uma forma de proteção com o intuito de evitar problemas, exposições desnecessárias, críticas em excesso e dores de cabeça que possam influenciar o dia-a-dia de trabalho. Em todos os níveis, em todas as regiões há sempre alguém ou um grupo que prestigie a Blindagem. Em nossa região isto também acontece e está mais próximo do que você imagina.

Seja na Iniciativa Privada ou no Poder Público há sempre uma maioria dominante e uma parcela significante que discorda das linhas de pensamento e de trabalho da maioria. As novas regras de interação pedem que ambas as partes, trabalhem em prol do progresso e do desenvolvimento, seja de uma empresa, seja do Legislativo ou Executivo nos seus três níveis; Municipal, Estadual ou Federal. Na Iniciativa Privada os contrários são aqueles que não ocupam os cargos de chefia ou tiveram seus projetos e planejamento recusado. Quanto ao Poder Público a maioria os elegeu e participa dos mesmos pensamentos, tendo como opositores os derrotados e os eleitores que neles não votaram.

É necessário sempre ouvir o que os contrários e no caso de uma Prefeitura, o que o eleitorado pensa e opina. Fechar-se num círculo, dispensar os comentários contrários e argumentar que o seu pensamento é o único caminho é um risco desnecessário e uma alternativa perigosa, que podem resultar em sequelas difíceis de reparar.

Fechar-se numa bolha foi o método adotado pela Rússia após a Revolução de 1917, aliás antes mesmo, durante o reinado do último Czar Nicolau 2º apenas o que a Rússia pensava, descobria ou analisava era verdade e o melhor para o bem de seu povo.

No Brasil, em especial o nosso Litoral Norte isto tem acontecido de uma forma gradativa, pequena, mas constante, basta você, que lê o seu jornal impresso, ouve Rádio, vê Televisão ou navega pela Internet diariamente e analise quem mais aparece, quem tem mais notícias publicadas todos os dias, ou quem mais os Veículos de Comunicação do Litoral Norte e do Vale do Paraíba reclamam do não atendimento de uma entrevista, do envio de uma informação ou o retorno de uma demanda ou até quem aparece de costas numa fotografia com sua equipe de trabalho.

Outro exemplo disto ocorreu com o Governador Dória, quando esteve em Caraguatatuba para anunciar a retomada das obras dos Contornos da Tamoios. O Governador se limitou a conceder entrevistas para veículos de Vídeo e não respondeu perguntas pertinentes e mais importantes da região, como os buracos da SP-55 e a Oncologia do Hospital Regional, dentre outras.

A veiculação de informações do Poder Público é a forma do grupo dominante prestar contas para o seu eleitorado, os seus contribuintes, além de base para a formação de opinião para os moradores ou simplesmente pela informação prestada. Se esconder, não informar ou negar a informação é uma alternativa fadada ao fracasso e dependendo do volume impossível será retornar ao comum, o normal ou tradicional.

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