BNDES avalia situação dos Correios para a sua Desestatização

A tarefa de tornar os Correios no Brasil uma empresa privada está tomando forma através do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Social – que contratou uma empresa para análise e avaliação da atual situação da estatal que representa a Mala Postal Brasileira.

A seleção do Consórcio Carta Brasil foi selecionado em 13 de Maio com o objetivo de realizar estudos e definir alternativas de parcerias com a iniciativa privada para o Serviço Postal Brasileiro. O Consórcio Carta Brasil é formado pela KPMG, Manesco, Ramires, Perez e Azevedo Marques Sociedade de Advogados. O custo deste estudo será de mais de R$ 9.3 Milhões.

O Consórcio terá como responsabilidade os serviços de Due Dilingences Contábil e Jurídica e da avaliação Econômico-Financeira dos Correios. O levantamento prévio que avalia as condições e riscos da empresa que é alvo de um processo de negociação é chamado de Due Dilingence e será a partir desta avaliação que o Governo terá mais segurança aos potenciais parceiros privados para investir na estatal que será privatizada.

Outros estudos que fazem parte do processo de Desestatização dos Correios estão em andamento desde Agosto de 2020, com a sua inclusão no PND – Programa Nacional de Desestatização – onde está incluído o Consórcio Postar, formado por outras empresas desde abril.

Lembro bem dos meus tempos de infância sobre o valor e a importância que os Correios tinham no passado. Para iniciar a Mala Postal Brasileira sempre foi protegida por Lei Federal e qualquer sinal de adulteração, violabilidade, furto ou falsificação teria o manto da Lei e da Justiça pronto para cair nos ombros dos criminosos.

Nos bons tempos dos Correios, leia-se antes da Internet e da Informática, o peso e a responsabilidade que os Correios tinham sobre a Sociedade de tamanha grandeza que influenciou toda uma geração. Quantos carteiros transportaram Cartas e Correspondências de Amor, de namorados que viviam distantes, dos amores de Praia e do Verão. Quantos Telegramas noticiaram momentos bons e ruins na vida das pessoas nas melhores e piores horas.

O tempo e a tecnologia chegaram aos Correios. A possibilidade de enviar dinheiro para amigos e parentes, o de gravar as conversas em fita cassete para uma melhor comunicação entre as partes e o Telegrama Fonado representaram pioneirismo e modernização a Mala Postal Brasileira. Depois vieram o Sedex e a concessão para pagar contas básicas nos guichês.

Atualmente o que menos se faz nos Correios é postar uma carta, pois a tecnologia reinante exterminou os serviços mais básicos desta estatal, onde seus principais membros, os Carteiros já foram até tema de música no Brasil e no Mundo. Hoje o Correio tornou-se mais um serviço de entrega de mercadorias compradas pela Internet, do que propriamente o transporte de cartas e telegramas.

A situação dos Correios em Caraguatatuba, bem como em todo o Litoral Norte e no Brasil está o que pode se chamar de “Caos”. Falta de pessoal, Carteiros ganhando mal e a todo instante desejando realizar Greve para reivindicar seus direitos, correspondência entregues fora do prazo, quando são entregues, e uma estrutura desatualizada que perde terreno para transportadoras médias e grandes, tornam necessária a Desestatização deste que foi o maior e melhor exemplo de empresa pública federal.

Com certeza que o novo, ou novos, proprietários dos Correios não farão renascer a empresa do passado quando foi criada, pois será necessário se atualizar ainda mais para enfrentar o mercado e valer a pena o valor pago ao Governo Federal na Licitação. Espera-se que haja alguma carta na manga para tornar o novo Correio forte, competitivo e ágil. É esperar para ver!!!

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