Há muito não se via na política local uma manifestação da Vereança criticando uma das engrenagens da Máquina Pública local. Além de mostrar que na Administração Municipal não há perfeição, o problema apontado pode trazer dor de cabeça para o Chefe do Executivo, além de custar a cabeça da Secretária em questão, do Desenvolvimento Social.
A Sessão Ordinária de oito de Fevereiro foi marcada pelas críticas contundentes e diretas a Secretária de Desenvolvimento Social, Ângela Sbruzzi que vem gerenciando de maneira errada e longe daquilo que lhe foi orientado pelo Chefe do Executivo, o Prefeito Aguilar Júnior. É bom sempre frisar que uma gestão pública é regida por Políticas Públicas e pela maneira de agir e pensar do Prefeito, que foi eleito pelo povo e tem por obrigação, prestar contas aos eleitores dos seus atos.
A Secretaria de Desenvolvimento Social cuida da entrega de Cestas Básicas aos mais carentes, do cuidado e da retirada dos popularmente chamados de “Sem Teto” e “Mendigos” e dos processos de isenção do IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano – dos mais necessitados e com orçamento familiar baixo. Estes principais quesitos tornaram-se mais do que prioridade nos tempos de hoje, sob o estigma da Pandemia do Covid-19 e suas Variantes que trouxeram grandes prejuízos a economia local. Atualmente e mais do que nunca são centenas as famílias em estado de vulnerabilidade, o que resultou num aumento dos Moradores de Rua e consequentemente das famílias que tiveram drástica redução no seu orçamento familiar e que necessitam do poder da lei para reduzir o seu IPTU, o principal imposto cobrado pelo município.
Aponto que a mais delicadas das situações vividas pela Secretária Sbruzzi diz respeito aos Sem Teto e Mendigos, pois muitos deles preferem a vida na mendicância, ao relento, se alcoolizando diariamente e sem um teto para proteção e o Contra & Verso é testemunha disto, pois já retratamos este fato. Quanto ao restante não se entende a razão para tamanha desobediência, pois segundo fontes dentro do Staff Municipal está havendo um certo “enfrentamento” entre Sbruzzi e o Prefeito Aguilar Júnior, pois são várias as negativas para os fornecimento de Cestas Básicas, a questão dos Moradores de Rua não está sendo tratada com a energia e prioridade necessária e são vários os processos quanto ao IPTU que estão parados sem uma resposta ou definição.
Pelo visto a gota d’agua ocorreu na última terça-feira, quando encabeçados pelo Vereador Fernando Cuiú, os Vereadores emendaram um sonoro coro contra a Secretária Sbruzzi e sua maneira de gerenciar a Secretaria de Desenvolvimento Social, numa clara atitude de “Revolução Interna”, denunciando os desmandos e salvaguardando o Prefeito que desconhecia as atitudes da Secretária. Outro ponto que devemos frisar diz respeito ao tamanho da Máquina Pública e a impossibilidade do Chefe do Executivo ter conhecimento diário e atualizado de tudo que nela ocorre e transcorre e devido a isso o Prefeito por várias vezes é penalizado sem saber o que realmente está acontecendo.
Nas minhas três décadas escrevendo sobre Política e Administração Pública devo dizer, por experiência adquirida que não há outra solução se não a Exoneração da Secretária, pois é o resultado de quem não segue as engrenagens determinadas pelo Prefeito e neste jogo, quem não segue o ritmo, é considerado Carta fora do Baralho!!!.