Editor do C&V fala sobre o Imprensa Livre

O Jornalista Pedro Monte-Mór, Editor Chefe do site Contra & Verso foi entrevistado pelos quartanistas de Jornalismo das Faculdades Módulo, Rafael César e Ivânio Abreu para o TCC – Trabalho de Conclusão de Curso, que irá contar a história do Jornal Imprensa Livre, fechado em 14 de abril de 2015 devido a problemas financeiros. O Editor foi o primeiro correspondente do extinto jornal em Caraguatatuba e lá trabalhou por sete anos.

A entrevista se deu na noite de terça-feira – 4 de setembro, na área de alimentação do Serramar Shopping e ali a dupla de futuros jornalistas gravou o depoimento do Editor Chefe do Blog Contra & Verso para um livro reportagem sobre o primeiro e único jornal diário do Litoral Norte, que deverá estar pronto até novembro, quando será apresentado a banca de professores da instituição acadêmica.

Além do livro reportagem as entrevistas se tornarão um documentário, ainda sem data definida para 2019. Rafael César nasceu em Campina Grande e mora com seus pais no bairro de Maresias desde 1990. O seu colega Ivânio Abreu vive em Barequeçaba desde que nasceu.

A dupla de quartanistas e futuros jornalistas tem opiniões diferentes sobre a razão, mas ambos concordam que o Imprensa Livre merecia ter a sua história contada. Para Rafael César era uma questão de sonho. “Eu me imaginava formado trabalhando num jornal como o Imprensa Livre em nossa região e ouvindo suas histórias vi que ele merecia um livro narrando sua passagem”, disse. Ivânio fala no principal item de um jornalista, a curiosidade. “Mesmo morando em Barequeçaba eu vivia no centro de São Sebastião e toda vez que passava pelo prédio do Imprensa Livre tinha curiosidade de saber como era o dia-a-dia lá dentro e agora me formando escreverei sobre a sua existência”, relatou.

O Jornal Imprensa Livre foi o primeiro e até o momento, único Jornal impresso a ser publicado no Litoral Norte de São Paulo. Nascido como encarte do extinto semanário Chip News em julho de 1992 e sob o comando da dupla Lourival Costa Filho e Marjan Kowloski, respectivamente um médico e um arquiteto a publicação dominou as bancas da região, desbancando velhos e tradicionais jornais de âmbito nacional como O Estado de São Paulo e A Folha de São Paulo e de circulação regional, como o Vale Paraibano em vendas e assinaturas diárias. Com circulação de terça a sábado e impresso em gráfica própria, no formato standard, o periódico tinha toda estrutura necessária, com redação na base e correspondência em Ilhabela e Caraguatatuba e posteriormente Ubatuba totalizando oito jornalistas, Departamento Comercial, de Circulação, Laboratório Fotográfico e setor administrativo, tudo isso na rua Mansueto Pierroti, no centro da cidade.

Desde a sua criação e consolidação no meio empresarial, político e jornalístico o Imprensa Livre tornou-se referência e prioridade no meio editorial do Litoral Norte, a ponto de determinada notícia não ter o devido crédito se não fosse publicada no Imprensa Livre. No início do século 21 até o seu fechamento em 2015 o diário passou por dois outros proprietários até ser fechado por problemas financeiros.

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