Justiça investiga se Antonio Carlos pagou seus filhos com Dinheiro Público

A 2ª Vara do Fórum local, presidida pelo Juiz João Mário Estevam da Silva abriu inquérito para apurar se houve irregularidade no pagamento da Prefeitura para a empresa Volpp Engenharia quanto ao cheque de uma medição que terminou depositado na conta corrente de seus filhos. O cheque está vinculado as obras da UPA Sul na gestão anterior, fazendo parte de uma Ação Civil Pública.

Um cheque no valor de mais de R$ 420 mil é a base de uma Ação Civil Pública instaurada pelo Juiz João Mário Estevam da Silva, da 2ª Vara do Fórum de Caraguatatuba. O processo, de número 1007792-08.2017.8.26.0126 teve o Inquérito instaurado em 11 de setembro e segundo o Juiz, pode ter beneficiado os filhos do ex-Prefeito Antonio Carlos da Silva.

No despacho João Mário ressalta que causa profunda estranheza uma nova informação no processo, onde os filhos de Antonio Carlos da Silva teriam se beneficiado de um “Acordão com Dinheiro Público”, quando o cheque da Prefeitura, usado para o pagamento de suas despesas teria sido depositado na conta corrente de seus filhos.

Há informações de que os filhos do ex-Prefeito teriam negócios com Adriano César Pereira, proprietário da empresa Volpp, empresa encarregada na construção da UPA – Unidade de Pronto Atendimento Sul – localizada na zona sul da cidade e prioritária para o amplo atendimento realizado pelo SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – no município.

O negócio envolvendo Adriano César e os filhos do ex-Prefeito seria a compra da loja de material de construção Center Trevo, onde o dono da construtora estaria devendo um valor referente a uma das parcelas e ao invés de seguir o trâmite legal, o cheque teria ido direto para a conta dos filhos de Antonio Carlos da Silva, através da empresa Lumynus Administradora de Bens e Negócios Ltda, holding criada para administrar seus bens.

O trâmite legal, ou praxe costumeira para todo tipo de pagamento, seja do Poder Público para particular, bem como de particular para particular diz que o cheque ou valor envolvido deve seguir um caminho, da fonte pagadora para a fonte recebedora e desta para seus compromissos e obrigações agendadas, ou seja, da Tesouraria da Prefeitura para a conta da Construtora e desta para seus pagamentos.

A Ação Civil Pública foi aberta em 2017 com base nas obras da UPA, sendo objeto de investigação onde são apontadas irregularidades, falhas no projeto e pagamentos indevidos, onde além do cheque a medição que originou o pagamento também está relacionada.

Adriano Pereira está preso desde maio através de operação da Polícia Federal, intitulada ‘Operação Prelúdio II’, com base em superfaturamento com a Prefeitura de Ilhabela e em outras três operações com as Prefeituras de São Sebastião e Caraguatatuba, na gestão de Ernane Primazzi. O empresário será incluído na Delação Premiada para relatar o esquema de corrupção, citando os envolvidos em seus negócios, ganhando uma redução na sua pena.

Numa entrevista para a FM Comunitária Antena 8, o ex-Prefeito Antonio Carlos relata que pagou a empresa Volpp e o empresário que estava em débito com a Lumynus, sendo que Adriano endossou o cheque do pagamento e através de um acordo, pagou a parcela devida, atrasada há cerca de 12 meses, com um prejuízo para a holding de cerca de R$ 300 mil, perfazendo o trâmite legal do pagamento.

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