Passados quase 30 dias da morte do Empresário do ramo alimentício e hotelaria Joacir José Perón, executado na manhã de 30 de Abril em seu estabelecimento comercial por um homem ainda não identificado continua sem definição. A Polícia Civil continua investigando o caso e qual teria sido a motivação para o crime. Até o momento nenhum suspeito foi detido sobre o caso.
O empresário estava tomando o seu Chimarrão diário na sua Churrascaria – Perón 2 – localizada as margens da Rodovia SP-55, altura do bairro do Tinga, quando um homem pilotando uma motocicleta parou próximo ao vidro da fachada do estabelecimento e desfechou três tiros a queima roupa, atingindo Perón na cabeça. O Samu foi chamado mas não houve tempo para o salvamento, com o empresário morrendo no local.
De acordo com as informações Perón tomava diariamente o seu Chimarrão em seu restaurante e sempre no mesmo assento. O atirador, segundo informações, teria passado em frente à Churrascaria e ao perceber que realmente se tratava de Perón, parou a moto, desceu e caminhou até o vidro da fachada, quando efetuou os disparos. Há informações de que a vítima estaria em companhia de dois de seus três filhos, além de um funcionário da casa, que presenciaram o ocorrido e nada sofreram.
Após efetuar os disparos o atirador teria saído em desabalada carreira com a moto, passado por cima do canteiro da SP-55 e entrado por uma rua transversal em direção do bairro do Tinga. Na época as Polícias Civil e Militar tinham alguns indícios do matador, iniciando à sua procura pela cidade.
As investigações estão a cargo do Delegado Titular da Polícia Civil na cidade, Tadeu Castro que além do autor, está investigando qual teria sido a motivação para o crime, um Homicídio comum ou crime político. Após 30 dias o modus operandi do assassino deixa dúvidas se o crime foi cometido por um amador ou profissional, pelo fato de ter usado uma arma mecânica – Revólver Calibre 38 – e não uma pistola automática e por conhecer os costumes do empresário, que sentava-se diariamente no seu Restaurante na mesma mesa e cadeira. Não há qualquer descrição sobre o atirador, o tipo ou a placa da moto.
Joacir José Perón é natural de Caparema, no Estado do Paraná, completaria 42 anos em outubro próximo, era casado e tinha quatro filhos com as seguintes idades; 18, 11, quatro anos e sua esposa que provavelmente já deu a luz o seu quarto filho. Ao mesmo tempo em que participava do atual grupo político dominante na cidade, tinha processos e passagens segundo pesquisa e fontes ligadas a Polícia Civil, com um processo na Vara Criminal e investigações a distância sobre Receptação e Documentos Falsos.
Pelo lado político Joacir Perón era visto como um grande incentivador, apoiador, orientador e investidor do atual grupo político local. Em 2017 recebeu Título de Gratidão Caiçara e sabe-se que a sua posição política garantiu a indicação do Vereador Fernando Cuiú para a liderança no Biênio 2017/2018, além de outras indicações, manobras e estratégias políticas. Falasse que nos últimos três anos teria pleiteado a direção da Caraguá Luz, empresa que cuida da iluminação pública na cidade. A Redação do Contra & Verso viu o empresário uma semana antes do atentado, quando esteve na Câmara Municipal para ouvir as ponderações de Cuiú na Tribuna, indagações essas que valeram o texto http://contraeverso.com.br/atirou-no-que-viu-acertou-no-que-nao-viu/ publicado na última quarta-feira – 24 de Abril.
Ainda pelo lado político o Empresário foi tema das páginas do Contra & Verso quando ganhou a licitação para alimentação dos Policiais Militares na Operação Verão 2019 e o seu restaurante foi autuado pela Vigilância Sanitária através do texto http://contraeverso.com.br/vigilancia-apreende-produtos-em-restaurante-que-serve-a-policia-militar/ .
Há informações também que foi encontrado no seu bolso um papel com dados e valores para conseguir um Porte de Arma, o que leva a crer que estaria sendo ameaçado e precisava se defender. Conotação Política ou não os comentários nos bastidores políticos dão conta de que a morte de Perón significou uma grande perda para o grupo que gerencia a cidade.
A redação do Contra & Verso visitou o Delegado Titular de Polícia Civil, Tadeu Castro, que estava de saída para uma diligência. O Chefe de Polícia local não revelou nenhum dado ou informação sobre o caso, bem como se o autor é um profissional ou amador, relatando apenas que prosseguem as investigações.