O processo de Ameaça movido pelo médico José Ernesto Ghedin Servidei, contra o ex-Prefeito de Caraguatatuba, Antonio Carlos da Silva, vai retornar para o Fórum da cidade. O motivo seria a perda de Fórum privilegiado do ex-Prefeito.
A origem do problema se deu em setembro do ano passado, às vésperas do pleito municipal de outubro. Segundo as informações da época, José Ernesto, que foi candidato pelo Solidariedade e o, na época, Prefeito de Caraguatatuba, Antonio Carlos da Silva, que tinha como candidato o Engenheiro Gílson Mendes de Souza, encontraram-se no CCTI – Estrela do Mar (Centro de Convivência da Terceira Idade), localizado no bairro Cidade Jardim, nos arredores do centro da cidade.
Em dado momento no encontro houve troca de farpas entre ambos, com o ex-Prefeito respondendo as acusações, consideradas injustas, de José Ernesto sobre doação na campanha de Gílson feita por empreiteiras com contrato na época. O ex-Prefeito teria respondido que antes de fazer acusações indevidas, deveria é cuidar dos inúmeros processos que tramitam na justiça, além dos erros médicos que cometeu.
O momento decisivo que desencadeou a acusação foi durante a troca de acusações e palavras de baixo calão, quando José Ernesto alega que o ex-Prefeito teria simulado com a mão o formato de uma arma disparando contra o médico, dizendo que iria acabar com ele. A partir daí todo um movimento político foi feito, com direito a manifestação até a delegacia para o registro do Boletim de Ocorrência.
Como a queixa foi feita antes de dezembro, quando Antonio Carlos da Silva ainda era Prefeito de Caraguatatuba, o processo seguiu direto para o Tribunal de Justiça, pelo fato do Chefe do Executivo da época ter Fórum privilegiado. Passados 5 meses do ocorrido, o Relator Nelson Fonseca Júnior, da 10ª Câmara do Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, informou em 16 de março deste ano que o processo deveria retornar ao Fórum de origem, no caso o de Caraguatatuba, para o prosseguimento da representação, visto que como Antonio Carlos deixou de ser Prefeito, perde o Fórum privilegiado. Passados cerca de 50 dias do despacho do Relator não se tem notícia do andamento da representação.