E diz o velho ditado: “Depois da tempestade vem a Bonança!!!”. Em Caraguá a história repete e imita o velho ditado, para o desespero de alguns, a raiva de poucos e a tranquilidade de muitos. O Prefeito Antonio Carlos não havia anunciado oficialmente ainda, mas sabe-se que não irá mais renunciar em abril, durante os festejos de 159 anos de Emancipação Político-Administrativa de nosso município. O anúncio foi feito em 27 de janeiro, durante entrevista para a Caraguá FM.
Reafirmo que o segundo anúncio de Renúncia por parte do Chefe do Executivo nada mais foi do que a chamada “Crise de Meia Idade”, normal em homens públicos que conhecem a tradicional perda de fama e destaque e do pai de família que perde terreno quando seus netos vêm ao mundo. Na verdade homens poderosos e de grande estrutura financeira são na verdade sensíveis, ou seja, apresentam alguma fragilidade num ponto que você nunca iria imaginar.
O que importa neste texto é que a maioria pediu, suplicou, reiterou e exigiu que o Prefeito Antonio Carlos não renunciasse, que tivesse paciência e permanecesse mais alguns meses até o final de 2016 e consequentemente do seu mandato. Não vamos nem mais tocar no fato de que não existe Renúncia Pré-Datada, onde você avisa hoje que vai sair em 90 ou 120 dias, muito menos chamar de Transição a adequação das contas ou um relatório pormenorizado para quem irá assumir a Prefeitura. Transição é o clássico momento em que o atual Alcaide mostra a situação para o Prefeito eleito, que irá assumir posteriormente. Mas isso é assunto passado.
A manutenção no poder por parte do Prefeito Antonio Carlos significa a continuidade das obras municipais, da estreita ligação entre a Prefeitura e o Governo do Estado, leia-se o homem mais querido de Pindamonhangaba, Geraldo Alckmin, dos investimentos que não iriam parar de vir e chegar, da relação que impera entre Executivo e Legislativo e até do folclore que já se tornou tradicional entre o Prefeito e seus opositores.
A bem da verdade a cidade não seria a mesma com o Prefeito abandonando o cargo no último ano de administração, faltando meses para entregar o cargo. A maioria esmagadora da população, leia-se amigos, correligionários, adversários e até inimigos tem plena certeza de que os destinos do município com o Vereador Oswaldo Luis de Mello Neto – o Chininha como Chefe do Executivo seriam desastrosas, devido a sua inexperiência como administrador e ainda mais em Administração Pública e pelas possíveis intromissões, ainda mais desastrosas, das influências políticas que o levaram a dirigir o Legislativo.
É sempre bom lembrar que em todas as ocasiões na qual falou em renúncia, o Prefeito Antonio Carlos agitou a imprensa local, regional e até nacional e trouxe instabilidade ao município, piorando ainda mais quando desconversou o seu anúncio, pois isso levou descrédito ao seu nome como administrador e empreendedor, fato esse que aumentou com o segundo anúncio e reconsideração. Estranhamente todo esse descrédito não influenciou o poder político que ainda detêm na cidade, mas com certeza a oposição usará tudo isso como prato cheio para críticas em busca dos votos.
Resta esperar paciência, tranquilidade e calma ao Chefe do Executivo para conduzir o trâmite para indicação de seu sucessor e com isso termos as eleições municipais mais movimentadas dos últimos anos.