O Supermercado Shibata, que tem 2 lojas em Caraguatatuba mantém um serviço irregular de entrega de mercadorias. A informação veio através da reclamação de vários taxistas à Redação do Site de Notícias CONTRA & VERSO. Segundo consta algumas entregas são feitas em carro particular, do tipo passeio, juntamente com o cliente, o que deveria ser feito num táxi credenciado, autorizado e homologado na cidade ou nos seus caminhões. Os taxistas querem uma solução para o problema.
Um serviço de entrega convencional é feito quando o cliente, ao efetuar sua compra, pede para que a mercadoria seja entregue na sua residência, num dos caminhões do Supermercado, após o preenchimento de um cadastro do cliente. Este tipo de entrega é feito de segunda a sábado em dois períodos, manhã e tarde. Uma segunda opção é quando o cliente deseja levar a sua própria compra e isso pode ser feito em carro próprio ou chamando um táxi regulamentado na cidade. Baseado na segunda opção o Shibata realiza a entrega de forma irregular.
O serviço irregular realizado pelo Shibata se resume ao cliente levar a sua compra num carro particular, do tipo passeio, pagando taxas com valor mínimo inicial de r$ 14,00 quando deveria ser feito contratando um táxi registrado na cidade. Estes carros ficam estacionados na lateral do Supermercado em número aproximado de 6, e se revezam nas entregas nos quatro cantos da cidade. O próprio Supermercado orienta e indica este serviço irregular de entrega ao invés de ligar ou indicar um ponto de táxi, que por sinal está localizado há cerca de 20 metros da unidade centro, na Praça Valfrido Arouca.
Há informações de que o mesmo serviço, além de ser feito nos Supermercados Shibata, é feito no Supermercado Semar, localizado no bairro do Indaiá.
De acordo com informações uma “empresa terceirizada” realiza o serviço para o grupo Shibata, onde cada motorista contratado recebe 40% por viagem, ficando o restante para o Terceirizado, que segundo outras informações, repassa parte deste lucro para o Supermercado como forma do contrato firmado.
Os taxistas registrados na cidade reclamam da atitude do Supermercado. De acordo com o Porta-Voz da categoria, o taxista Helinho Monteiro, tanto os motoristas como o Shibata não podem realizar este tipo de entrega. “Este é um serviço de frete, que deveria ser feito por taxista licenciado e se não for por eles, é clandestino”, disse. Helinho Monteiro disse que vai estudar um pedido de fiscalização junto a Prefeitura para solucionar o problema, pois este serviço clandestino causa problemas a categoria. “Podemos pedir ressarcimento por danos coletivos a categoria na cidade”, frisou. O Porta-Voz ressalta que além de prejudicar os taxistas, a concessionária de transportes coletivos também está sendo prejudicada.
Quanto a fiscalização Helinho Monteiro fala que o cliente do Supermercado pode estar sendo levado a erro e engano. “O cliente entra no carro para levar a sua compra até a residência e pensa que está num táxi, quando na verdade não é, pois os táxis de Caraguatatuba agora são identificados por cor e uma faixa quadriculada na sua lateral, com o número da concessão”, explica. Tendo em vista os diversos problemas que afligem a categoria o Porta-Voz pensa em retomar a Associação dos Táxis de Caraguatatuba para reivindicar melhorias.
O Secretário Municipal de Trânsito, Coronel Amandes diz que os pontos de entrega com carro particular são uma parceria criada pelo Supermercado, feita há muito tempo. O Secretário conta que a alegação do Supermercado é a de que abre um ponto de táxi no estacionamento do Supermercado se houver um taxista durante o horário de funcionamento. “Consultamos os taxistas do ponto da Valfrido Arouca e os mesmos não aceitaram permanecer no local”, conta. Helinho Monteiro, representante da categoria refuta a informação do Secretário. “Os motoristas da Valfrido Arouca não representam a maioria da categoria e além do mais, existe o ponto do Centro, que fica há pelo menos de 3 quadras do Supermercado”, rebate.
Amandes alega que não tem intenção de retirar os motoristas que estão no Shibata. “É um acordo antigo. O Consumidor escolhe ou não o serviço instituído pelo Shibata”, conta. Amandes relata que vai regularizar o serviço no Semar e que no Shibatão – Hipermercado do grupo localizado na entrada da cidade, foi criado um ponto de táxi para o atendimento do público. “Este serviço do Shibata não prejudica ninguém”, finaliza o Secretário.
O Site CONTRA & VERSO enviou um e-mail para o setor de Marketing do grupo Shibata, em Mogi das Cruzes na semana passada e até o fechamento deste texto não havia recebido uma resposta.