Ao longo dos anos nossa vida é calcada em manias, tradições, costumes e figuras de expressão e linguagem que nos acompanham até a morte. Norteamos nossa vida nestes preceitos que se transformam na base e na estrutura de nossas vidas. Entenda bem, estes valores nos acompanham durante a vida, mas não podemos esquecer que estes mesmos valores mudam com os anos, com o tempo, de período em período.
É bom lembrar que costume não deve se confundir com Etiqueta, educação, bons modos. Outros vêem Etiqueta e Costumes como sendo assuntos iguais. Para evitar problemas vamos basear nosso texto apenas nos costumes.
Quando falamos em costumes vemos que eles se modificam, se modernizam, se alteram com o tempo. Nesta vida nada é estático, nada é eterno, tudo se acomoda, se ajeita mediante a situação. Mas você está lendo este texto e deve estar em dúvida sobre o que é costume e o que é etiqueta.
Então vamos lá!!! Etiqueta é puxar a cadeira para a mulher sentar no restaurante ou abrir a porta do carro. Costume é dividir a conta do restaurante com a mulher ou deixar que ela pague o total. Costume é ser paquerado pelas mulheres que se interessam por você, enquanto que etiqueta é o homem iniciar a aproximação com o sexo feminino.
Ainda falando e mantendo a linha sobre os costumes, lembro do meu tempo em que a mulher precisava se sentir valorizada e para isso, assobios, frases de duplo sentido e com certo teor erótico, picante e pesado, eram comuns. Quem da minha idade não se recorda que bastava uma mulher passar por uma obra para no mínimo, eu disse no mínimo, cinco pedreiros proferirem alguns elogios a seu respeito e pasmem, se isso não ocorresse, a mulher imediatamente corria para o primeiro espelho ou lateral de um carro, para verificar se não estava bonita ou bem arrumada, se a meia não estava rasgada, desfiada e descentralizada. Era inaceitável para uma mulher daquela época não receber um elogio masculino.
Como eu havia dito, tudo se altera, se modifica, se moderniza, se reprograma. Os elogios masculinos daquela época com certeza não se enquadram de maneira alguma às mulheres de hoje, a uma sociedade de 2015 do Século 21. “Mas você é muito gostosa!!!”, “Ah….!!! essa mulher lá em casa eu não sei o que faria”, “Com essa mulher eu começo na sexta e só entrego na segunda-feira” e por aí vai, caminhando para o mais pesado, obsceno e para os dias de hoje, mais vulgar. Haviam também os elogios mais românticos, infantis, amenos e amorosos, do tipo “Me belisca, eu estou sonhando ao ver você???”, “Nunca vi um anjo andando sem asas” ou “Você bebe leite no potinho???”.
Hoje em dia tudo mudou, ou melhor, de adequou. Atualmente as mulheres defendem a idéia de vestir aquilo que desejam e sentem-se bem, não importando que roupa seria; Curta, Justa, Decotada, Transparente e que exponha peças íntimas. Donas deste direito as mulheres de hoje não admitem pensamentos obscenos ou qualquer outro julgamento que incrimine a vestimenta usada. Nos dias de hoje a mulher interpela e encara um homem que tenha proferido uma frase maldosa e pesada. Costume errado desde o passado e usado em grande número nos dias de hoje, a mulher enfrenta a “encoxada” no ônibus, barca, trem ou metrô com agulhas de tricô e frascos de Gelol, que aplicado na coxa masculina ou nos olhos dos homens, tem o mesmo efeito que uma faca ou o spray de pimenta. Cena típica e das mais tórridas que foram usadas no cinema e na literatura erótica o simples visual do derrieré feminino com a vontade de encostar a genitália masculina, causa suores excessivos, respirações ofegantes descontroladas e taquicardias tresloucadas, além de calores inimagináveis, sendo que do lado feminino estes momentos representam apenas a opressão masculina e o subjugar do outro lado de um casal hétero.
Desta maneira os mais jovens sabem levar e conduzir as situações atuais mais comuns da idade que certamente os mais velhos a dirigiam de outra maneira e digo da maneira correta e não a exagerada por elas combatida. Mudar os costumes é se adequar aos novos tempos para não ser execrado pelos grupos, manter a interação na sociedade e se relacionar da melhor maneira com o outro lado da heteralidade. Mudar velhos costumes masculinos é acompanhar as mudanças do mundo.