Minha Vida era uma Eterna Tempestade – XIII

É impressionante como a nossa vida dá reviravoltas!!! Num momento nascemos, crescemos e nos tornamos adultos. Em outro momento seguimos por um caminho que parece ser sem volta, porém entrelaçado por agitação, mulheres, sexo, viagens mirabolantes e tudo isso numa base sólida, com pai, mãe, dinheiro, uma casa, uma família e toda a estrutura necessária para manter-se nesta balbúrdia. Na ocasião seguinte tudo desaba, tudo desmorona e se algo não for feito, as complicações são irreversíveis!!!

No Capítulo anterior minha vida boa estava em cheque. Meus pais me pressionaram para que eu tomasse um rumo descente na vida, ou seja, trabalhando, voltando a estudar, participar da Sociedade, ter uma namorada e casar com ela, formando família e dando netos a eles. O que pode parecer normal para a maioria das pessoas, era para mim um completo desastre, impensável, inconcebível.

Como eu poderia aceitar estes padrões, admitir este ritmo de vida, logo eu, que sempre tive tudo; Uma bela Casa, Dinheiro sobrando, um Carro possante e nenhuma obrigação. Imagine só eu ter que acordar cedo para entrar no emprego, ter horário de almoço e folga, ganhar um salário de miséria, se comparado a minha mesada, namorar uma garota apenas, casar com ela e ter filhos!!!, final de semana de churrasco com amigos do emprego ou do futebol de quarta??? Nem pensar, de maneira alguma!!!

Decidi numa reunião familiar com meus pais que não iria adentrar este tipo de vida e que desejaria continuar como eu estava. Obviamente meus pais não aceitaram e decidiram que eu ficaria sem mesada, sem carro e por muito pouco me tornaria um Sem-Teto, item este que foi contornado por minha mãe, podendo ter tudo novamente se mudasse da minha vida mundana para um estilo de vida, considerado por eles, como descente. Foi aí que minha vida deu um senhor rebuliço.

Aprendi a andar a pé pela cidade, pois nem a minha bicicleta, que eu não usava há anos, me foi tirada. Acordava tarde, dormia mais tarde ainda, andava de um lado para o outro sem ter uma direção e aí a falta das drogas começou a pegar. Sentia falta de me drogar, de viajar para lugares alucinantes. Os amigos das baladas não falavam mais comigo. As garotas me evitavam e começaram a transar com outros caras que elas mal conheciam e quando conheciam, repudiavam.

Foi aí que tomei uma decisão. Faria qualquer coisa para ter o meu nível de vida de volta e para isso, acabei enveredando pela bandidagem, mas esta é uma outra história, que irei narrar no próximo capítulo!!!

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