E antes do recesso do meio de ano, numa Sessão Extraordinária, a Câmara votou o Plano Municipal de Cultura, que gerou a maior polêmica na cidade, principalmente na classe política, que pela primeira vez, ouviu suas bases em detrimento de enxergar a mudança dos tempos. Como eu sempre digo, questão delicada, que com alguns ajustes poderia ser facilmente resolvida.
O Plano
O Plano Municipal de Cultura define, orienta, organiza e estabelece o andamento da pasta na cidade, incentivando todas as vertentes artísticas, os seus respectivos profissionais e de que maneira deve ser direcionada para o povo, a única e verdadeira razão de sua existência.
Verba
Dentro da questão Políticas Públicas de Cultura está embutida a vinda de Verbas Estaduais e Federais para o seu desenvolvimento.
Fast
A dita ligeireza para aprovar a propositura teria como base a liberação das tais Verbas, motivo de comentário, tanto nas galerias da Câmara como nas Redes Sociais.
Conteúdo
Analisando o Plano Municipal de Cultura que foi enviado a Câmara não se observa algum problema, apenas com uma exceção.
Polêmica
O item que causou a polêmica refere-se a classe LGBT – Lésbicas, Gay, Bissexuais e Transexuais – aliás polêmica é pouco para a repercussão que deu.
Item
Na propositura, mais especificamente na página 25 – subtítulo Setorial – Grupos Étnicos e Grupo de Gênero, constam artigos diversos sobre o assunto.
Cultura
Criar espaço para a valorização da Cultura LGBT no município.
Selo
Desenvolver selo de apoio a diversidade e a causa LGBT nos comércios e entidades culturais da cidade, como forma de incentivar a causa LGBT.
Palestras
Realização de Palestras nas Escolas e Repartições Públicas bem como para a Sociedade em Geral, sobre a causa LGBT.
Tsunami
Estes itens da propositura balançaram as Redes Sociais e por conseguinte, os Vereadores, que não concordaram com os artigos.
Nota Oficial
Tendo em vista a bagunça gerada a CMPCC – Comissão Municipal de Política Cultural de Caraguatatuba, afirma que a proposta foi aprovada durante conferência realizada em 28 de abril e que os itens relacionados ao LGBT foram retirados, de acordo com uma reunião extraordinária e que serão discutidos posteriormente.
Pressão
Esta nota nasceu da pressão dos Vereadores, que não iriam votar o projeto que tivesse artigos relacionados ao tema.
Conservadores
Neste caso deve-se salientar que pela primeira vez, diga-se de passagem, os Vereadores de Caraguá agiram por conta própria e não foram conduzidos ou manipulados pelo Executivo na maneira de votar.
Eles
Infelizmente quando os Vereadores agiram por vontade própria, mostraram-se extremamente conservadores, pois pensaram em suas bases eleitorais e não na atualização dos costumes.
Modernidade
Neste caso e em outros que estão por vir, é necessário que o Legislador e a população em geral não feche os olhos para os novos tempos que estão aí, na nossa frente e muitos não querem aceitar.
Decidir
Nessa hora pesa muito a decisão do Vereador, principalmente aquele que tem um grande número de Evangélicos e Conservadores entre seus Eleitores.
Tempos
A questão LGBT existe há séculos e hoje está mais aberta, à vista e ao conhecimento de todos, sendo essa a razão de não podermos fechar os olhos para este quesito nos dias de hoje.
Gerações
É o chamado “Choque de Gerações”, fato que se mantêm e não irá mudar nunca. Aconteceu no tempo de nossos avós, de nossos pais e agora conosco e daqui a alguns anos, com nossos filhos.
Equalizar
No meu modo de ver a questão seria equalizada se as palestras sobre o gênero LGBT fossem dadas em Centros Comunitários e outros locais fora das Escolas e do Serviço Público, dando ao mais conservador o direito de escolha de ver, assistir e ouvir, seja para ele como para o seu filho e família.
Comércio
A questão do selo de apoio a categoria é algo ao meu ver, desnecessário, pois o apoio e a clientela se farão presentes graças a produtos diretamente ligados a classe, a preços convidativos e um bom atendimento.
Resumo
Em resumo: As pessoas não podem fechar os olhos para a atualidade, devem entende-la, mesmo não sendo obrigados a aceita-la!!!
Furdunço
O que se sabe é que os integrantes LGBT na cidade ficaram possessos e indignados com a retirada dos artigos referentes a classe e por causa disso, armaram o maior fuzuê durante a Extraordinária, liderados por Tiffany Félix.
Radicais
Nesse ponto vejo que faltou bom senso e uma melhor alternativa quanto ao caso, pois se tanto a Câmara quanto a CMPCC optassem por alterar e não retirar os artigos referentes às LGBT, tudo seria resolvido, a proposta seria aprovada numa sessão tranquila e teria os ânimos apaziguados.