Há cerca de um ano o Blog Contra & Verso escreveu quais eram as perspectivas e opiniões acerca da atual gestão que controla a Prefeitura de Caraguatatuba. As estimativas não eram as melhores. O Blog acertou em pelo menos 90%.
Passado um ano que o atual Prefeito e sua trupe conquistaram a Prefeitura pela inacreditável margem de 37 votos, podemos dizer que o período de trevas e Peste Negra que assolariam a cidade se instalou definitivamente nos céus deste recanto abençoado por Deus. Entre os poucos erros, muitos acertos e uma série de presepadas administrativas e políticas, podemos dizer que em apenas um ano a atual gestão se superou, iniciando com falhas e uma má gestão que só seriam visíveis ao final do quadriênio.
Falemos primeiro dos erros. Há cerca de 12 meses apontamos que esta gestão seria isolada pelo Governo Estadual pelo fato de não pertencer ao mesmo partido ou corrente política. Erramos porque não observamos ser o ano que passou pré-eleitoral e o Governador Alckmin, não poderia perder terreno, tendo em vista que necessita eleger o seu sucessor ao Palácio dos Bandeirantes e almejar a Presidência da República.
Erros a parte vamos agora aos acertos. Uma gestão empreguista, voltada para o acolhimento de afilhados políticos e colaboradores de campanha, na sua maioria pessoas despreparadas para a função e desprovidas do interesse comum e social foi um dos ápices deste ano.
Ao mesmo tempo a perseguição política tomou conta do Paço, vide o que ocorreu com o ex-Procurador Jurídico Chefe e com vários Servidores Públicos trocados de função e Secretaria, por demonstrarem sua predileção pelo lado derrotado. As perseguições prosseguiram extra fronteiras da Prefeitura, atingindo parentes de funcionários em seus núcleos de emprego.
Procedimentos licitatórios suspeitos foram outro problema detectado ao longo de 2017, seja na compra de mobiliário para o gabinete, que não estava incluído no Edital inicial, de alimentos para a Sesep, de Material Escolar na Educação e outros mais, que não tiveram a devida explicação por parte do Poder Público através da Secretaria de Comunicação e da Ouvidoria quando do primeiro questionamento e na falta deste, tornam-se duvidosos.
Uma gestão calcada no poder paralelo de pai e filho e dividida no Legislativo com o irmão é o retrato da precariedade política que domina esta gestão onde impugnados politicamente dão as cartas em diversos setores e apoiadores de índole duvidosa tem acesso e regem os destinos políticos, financeiros e sociais desta cidade.
Se por um lado a vitória foi apertada, passados 12 meses o número virou de forma estrondosa, visto o grande número de arrependidos e preteridos que receberam promessas impossíveis de formar este time de incompetentes e incapazes políticos e administrativos que hoje domina a cidade.
As Redes Sociais deram o tom deste primeiro ano de governo trágico e inaceitável na sua maneira de governar. As provas estão aí para todos verem, lerem e ouvirem, seja na promessa de cargo não cumprido, da compra de votos para a Presidência da Câmara e fechando o ano, uma conversa entre um ex-Vereador e o ex-gestor dos shows deste verão, onde a corrupção é evidente e o nome de pessoas importantes ligadas a Prefeitura são mencionados. Uma tentativa de explicação, mal feita, onde a emenda foi pior do que o soneto apenas comprovou que há muitos erros dentro do Paço Municipal.
Como citamos a Câmara o tema vale algumas palavras. Uma administração que censura Veículos de Comunicação, comete erros primários e paga valores acima do mercado nas suas licitações, além de não solucionar casos de pedido de vaga feita por suplente e permitir que um membro da casa consiga a troca de comando de um setor da Prefeitura, mostram que Legislativo e Executivo caminham pela mesma estrada errada, que não tem volta, que não tem retorno.
De mais a mais as promessas de campanha não cumpridas unem-se as demissões na Secretaria de Esporte, aos atos políticos praticados em nome do comércio irregular, aos carros abandonados a céu aberto pela cidade e aos Secretários que perderam a compostura do cargo e protagonizaram discussões desnecessárias nas Redes Sociais e Audiências Públicas. Não devemos esquecer também que a desunião reina dentro do próprio grupo político dominante atual, visto a tentativa de retirar dele mais do que um Secretário, um membro forte e atuante que muito trabalhou pela vitória do grupo que aí está.
Tendo em vista os acontecimentos do primeiro ano, receamos que os próximos 36 meses sejam ainda mais catastróficos, pois a escalada do poder e a ganância sem medidas na política geram uma sequência ainda mais gritante de medidas duvidosas, errôneas e prejudiciais a cidade de Caraguatatuba.
Torçamos para que isso tenha um fim.