A Vida do Caiçara é baseada na amizade, no respeito ao próximo, na simplicidade, na família e principalmente no mar, que além da paisagem exuberante lhe traz o alimento diário e sua fonte de renda. Gente simplória e humilde que ainda não aprendeu a conviver e a entender o Turista Baderneiro, o Caiçara se relaciona durante certos períodos do ano com o principal fator da sua Economia e precisa testar a sua Paciência.
Nascido em Caraguatatuba e filho da primeira Mulher a nascer oficialmente na Casa de Saúde Stella Maris, Cristian Alves de Godoi, ou melhor, Baduca Filho, filho do famoso Vereador Baduca convive diariamente com os moradores da cidade, sejam eles Moradores Locais, Veranistas e os Turistas, que povoam o município nos Feriados prolongados e na Temporada de Verão.
O Caiçara tem como costume viver numa cidade calma e quieta, onde todos se conhecem, sabem seus gostos e predileções, suas manias, o seu dia-a-dia. Os primeiros Veranistas provavelmente vieram dos parentes dos moradores locais que os visitavam no Verão, nos Feriados e em datas festivas familiares, como o aniversário do pai, da avó, o casamento de um sobrinho ou o nascimento de um neto ou primo.
Já os Turistas começaram a visitar a cidade graças as incursões de trabalho, indicação dos parentes dos moradores locais, respectivos amigos, dentre outros. Com o tempo muitos Turistas tornaram-se Veranistas e a Construção Civil começou a impulsionar a cidade, visto que os Veranistas construíram suas casas e para abrigar os Turistas Residências para aluguel e Hotéis precisaram ser erguidos.
Esta convivência gerou um impasse ao longo dos anos, pois dos passeios na Praça do Centro, as conversas na porta de casa, as idas a Igreja e as famílias indo juntas a Praia foram se alterando, se modernizando e mudando para alguns, com a vinda de Jovens rebeldes, Adultos em busca de romance, Universitários comemorando a Formatura ou final do ano letivo. Bares e Restaurantes se instalaram e a Vida Noturna nasce e se solidifica, acabando com a paz, o silencio e a tranquilidade que o Caiçara tinha.
Para Baduca Filho o bom senso deve reinar nestas horas, um equilíbrio entre o Lazer dos Turistas e a tranquilidade dos Caiçaras, sejam eles locais e nativos, sejam eles que para cá vieram viver e conviver com o dia-a-dia do município.
Quando nos referimos a equilíbrio queremos dizer que o Turista deve ser mais comportado e o Caiçara mais compreensivo com os “Traumas Urbanos” que a vinda deles traz em certas datas, como filas intermináveis, trânsito caótico com constantes engarrafamentos, aumento dos preços, um barulho sufocante madrugada adentro. O Supermercado, os Bares, Restaurantes, Açougue e outros tipos de comércio ficam congestionados, o que enerva o Caiçara local e tradicional.
Há tempos quem mora aqui não pode mais deixar as janelas abertas e a porta sem tranca. O seu carro agora vive fechado e nem a chave na ignição pode mais ficar. Estas situações são difíceis para quem sempre conviveu com a paz e a tranquilidade.
O que falta entender para o Caiçara é que o Verão é o momento que impulsiona a Economia local, traz dinheiro para a cidade que fará muitos terem renda e poderem viver por um bom tempo ou até que a Sazonalidade no Turismo termine. Conciliar o Verão com Turistas e Caiçaras com a paz não é impossível, basta apenas ser bem trabalhado e isto Baduca Filho tem feito diariamente.
