Herança dos Romanos e a influência da igreja católica

*Por Stefan Massinger

Como revelado na última edição da coluna, os romanos eram mestres em documentar processos e invenções. Claro, isso também valeu para o desenvolvimento do vinho no império romano.  Eles até estudaram e catalogaram as doenças e pragas que afetavam suas parreiras e foram os primeiros a usar garrafas de vidro para armazenar o vinho. Claro, bem diferente das garrafas, que estamos acostumados hoje em dia, com vidro mais grosso, feito à mão, então não tão perfeito. Chegamos das antigas ânforas para os barris (sim – vinho era tomado direito do barril, servido em jarras ou direto nos copos – na época também de chumbo, madeira ou barra.) para o uso do vidro, que permaneceu até hoje.   Só que apesar de a rolha já existir, eles preferiam usar um dedo de azeite de oliva para selar as garrafas, e uma camada de cera grossa em cima de tudo.  E, com a expansão do Império Romano, a arte de fazer bons vinhos também foi se alastrando com ainda mais força pela Europa. Onde os romanos ficaram, os manuais de cultivar vinho, os catálogos das pragas e doenças forma juntos e assim encontravam sé vários lugares em toda Europa, apto de produzir excelentes vinhos até hoje. Podemos manifestar, que a entrada de vinho na cultura de dia-a-dia, nas refeições, mas também em datas comemorativas foi graças aos romanos e na idade média uma outra força continuo perfeiçoando a cultura do vinho.

Com a queda de Roma, teve início a Era Medieval. Nesse período, o consumo do vinho já era muito difundido em todo o Velho Continente, e como a potabilidade da água era sempre um mistério nesses tempos remotos, o vinho era muitas vezes preferível para acompanhar os banquetes. – Com a falta de higiene em todo o continente e cidades crescendo sem esgoto adequado, a água era muito poluído e trouxe muitas doenças para o povo. Vinho então com seus efeitos desinfetórios por causa do álcool era considerado uma boa alternativa para a água suja e as cervejas pesadas. Além do agradável efeito de dormir melhor, quando consumido a noite num jantar.

Foi nessa época que a França começou a se desenvolver como a grande produtora de vinhos de qualidade que é hoje, tendo várias áreas onde era fácil de cultivar parreiras e tendo uma população crescente e uma monarquia cada vez mais ousada e apaixonado pelo luxo, que se manifestou em festas, banquetes, bailes, que todos os nobres, até os das mais baixas classes nas áreas rurais da França copiavam e praticavam. A caça era privilegio dos nobres, então o povo comeu mingau e tomou um vinho mais solido, simples e os nobres comeram banquetes de veados, javalis e faisões e beberam vinhos mais refinados.

Tudo começou com Carlos Magno, primeiro imperador do Sacro Império Romano-Germânico, uma figura importantíssima na história europeu e em consequência mundial. Um rei, que foi focado em reformas, proteção da igreja católica, educação e cultura. O papa João Paulo II. Se referiu a ele como “Pai da Europa”, como ele conseguiu unir no seu reino França, Itália, a península ibérica, grande parte da Alemanha. Expandindo o Reino Franco e promovendo várias leis agrárias e normas para regulamentar a produção do vinho na região ajudaram a cultura do vinho crescer, principalmente na França.

 

* Stefan Massinger é embaixador do grupo Wine, o maior e-commerce de vinhos da América Latina, administra um curso on-line, um podcast e é consultor independente de negócios.

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