Quadro vai gerar polarização nas eleições em Caraguá

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Definido o cenário político para as eleições municipais em Caraguatatuba, o quadro aponta para a polarização, resultado costumeiro e já tradicional, o que para alguns pode ser considerado comum, mas para outros mostra a falta de mais opções para decidir o voto. O quadro aponta para a polarização entre os candidatos Gílson Mendes/PSDB e Aguilar Júnior/PMDB.

Esta polarização se explica pelo fato de Gílson ser o indicado pelo Prefeito Antonio Carlos para sua sucessão e ter a máquina administrativa ao seu lado e por Aguilar Júnior representar o pai, impugnado pela justiça, o ex-Prefeito José Pereira de Aguilar, que ainda detêm um forte eleitorado na cidade.

Ao mesmo tempo ambos carregam bons índices de rejeição. Gílson por ser desconhecido de uma parte do eleitorado e seu antecessor, devido ao desgaste de 16 anos de gestão. Já o ex-Prefeito tem também índices de rejeição, que refletem em seu filho, tido igualmente como desconhecido e sem passado político para assumir o cargo.

Outra explicação dada para a polarização vem dos candidatos restantes. Igualmente desconhecidos por parte da população com exceção de Álvaro Alencar, que mantêm um eleitorado cativo, porém pequeno, os candidatos Nivaldo Alves e José Ernesto aparecem na disputa do pleito como “novidades do momento”, mas que não tem força para figurar com interesse entre os eleitores, seja devido a vida restrita apenas nos seus grupos de interação, como é o caso de José Ernesto, seja por ter uma vida dedicada a coordenar as campanhas do ex-Prefeito Antonio Carlos e por causa disso, resultar na blindagem de sua vida social, referindo-me a Nivaldo Alves.

Outra questão que explica a polarização se dá pelo fato da escolha dos vices. Excetuando-se o vice de Gílson Mendes – o Vereador Baduca Filho – que carrega o nome do finado pai, o ex-Vereador João Rodrigues de Godoy Filho e exerce função como Vereador há dois mandatos, nota-se que o restante dos candidatos não tinham ou encontraram candidatos a vice com o mínimo de apelo político. Neste caso a exceção se dá para Helinho Monteiro, vice de Álvaro Alencar, ativista político que pode ser encarado como uma nova linhagem política, uma renovação no desgastado quadro político local. Quanto aos outros, Campos Jr. – vice de Aguilar Jr.; Jamil Salamene – vice de Nivaldo Alves e Leonor Diniz – vice de José Ernesto, esta última com uma passagem pouco notada pelo Legislativo, percebe-se que ou não havia opção, ou lhe foram impostos ou ainda preferiram tais nomes para não terem problemas políticos futuros, como a história já comprovou. Em resumo são candidatos sem qualquer expressão ou passado político que comprovem o convite para o qual aceitaram.

Estas razões mostram o motivo pela qual a eleição em Caraguatatuba será polarizada, cabendo ao eleitor decidir entre os polarizadores ou apostar num terceiro nome. Como sempre, caberá ao eleitor decidir.

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